A recém-reinaugurada Rua da Ladeira e a tradicional Feira do Açaí, em Belém, foram alvo de vandalismo menos de duas semanas após a entrega das obras de revitalização. A destruição de parte do mobiliário urbano e pichações em estruturas históricas causaram indignação entre permissionários, frequentadores e moradores da capital paraense.
Com mais de R$ 60 milhões investidos pelo poder público, o espaço – tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) – passou por uma reforma completa. Foram instalados novos boxes, rampas de acessibilidade, iluminação moderna, guarda-corpos metálicos, bancos e sinalização renovada, em um esforço para valorizar a área e oferecer mais conforto e dignidade aos trabalhadores da feira e à população.
Veja fotos da inauguração:





Apesar disso, os avanços foram comprometidos por ações de vandalismo. Pichações assinadas por supostos “grafiteiros” identificados como “PTCK” e “Sauros” cobrem placas e bancos. Também foram registrados danos em estruturas como rampas e guarda-corpos, alguns deles arrancados.
Permissionários relataram frustração e tristeza diante da depredação. “Foram anos esperando melhorias e, quando finalmente temos um espaço digno, ele é destruído por quem não respeita a cidade”, disse um feirante, que preferiu não se identificar.
Veja imagens da depredação:






A prefeitura de Belém se posicionou afirmando que “Não é possível tolerar esse tipo de conduta. A depredação do patrimônio não é arte, nem protesto. É crime. E por mais legítima que seja a resistência em contextos de opressão, não pode haver resistência contra a limpeza urbana, contra o dinheiro público investido com critério, contra a preservação do bem coletivo e, principalmente, contra a urbanidade.”
A revitalização da Rua da Ladeira e da Feira do Açaí integra o processo de requalificação do centro histórico de Belém, que busca resgatar a memória cultural da cidade e impulsionar o turismo. O local é símbolo da identidade paraense e ponto de referência para moradores e visitantes.
A Polícia Civil deverá apurar o caso. A população pode contribuir com informações que ajudem a identificar os autores por meio dos canais oficiais de denúncia.
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