O Programa de Pós-Graduação em Segurança Pública (PPGSP), da Universidade Federal do Pará (UFPA) enfrenta uma crise após denúncias de assédio e violência moral. O caso envolve a professora Maély Ferreira Holanda Ramos, ex-coordenadora do programa, que alega ter sido vítima de agressões e perseguição pelo atual coordenador de exercício, professor Edson Marcos Leal Soares Ramos, que também é conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
A professora Maély, que havia obtido uma medida protetiva contra Edson Ramos, agora expirada, enfrentou o que descreve como uma campanha de difusão liderada pelo professor e por seus apoiadores dentro da universidade. Em resposta às denúncias, o Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) da UFPA publicou, em 1º de outubro, uma nota de apoio à professora, confirmando sua ética e acadêmica e cobrando rapidez nas investigações conduzidas pela Comissão Permanente de Processo Disciplinar (CPPAD) da UFPA.
Convênio com o Ministério Público e suspeitas de irregularidades financeiras
A situação ganha contornos mais complexos devido a um convênio firmado entre a UFPA e o Ministério Público do Pará (MPPA) para a criação de uma turma de mestrado em segurança pública direcionada a promotores e servidores do órgão. Esse grupo pretende concluir sua formação e deve realizar uma solenidade de formatura, na qual o professor Edson Ramos é indicado para ser homenageado, mesmo sendo alvo de acusações.
Além das denúncias de assédio, há acusações de que o professor Edson Ramos teria planejado um esquema de “rachadinha” com os docentes que participaram do convênio. Segundo relatos, ele exigia uma porcentagem dos valores destinados a outros professores, justificando o pedido como uma “compensação” para ter viabilizado o convênio com o MPPA.
Um vídeo de segurança da UFPA documenta um episódio de violência contra a professora Maély, embora o processo corra em segredo de justiça. Fontes próximas ao caso indicam que o conteúdo do vídeo poderia servir como prova de violência sofrida pela docente, aumentando a pressão sobre a universidade para que avancem com as investigações e adotem medidas de proteção.
O Portal Estado do Pará Online (EPOL) entrou em contato com a assessoria de comunicação da UFPA e com a coordenação do programa de pós-graduação para esclarecimentos sobre o caso.
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