O Ministério da Defesa pretende solicitar uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para reforçar a segurança durante a realização da COP 30, que acontecerá em Belém em novembro de 2025. A medida, que depende de autorização direta do presidente da República, permite o emprego das Forças Armadas em situações excepcionais, quando há risco à ordem pública e as forças de segurança convencionais não são suficientes.
De acordo com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, a operação é considerada “inusitada” e “inédita”, dado o porte e os desafios da região amazônica. “Vamos com as forças para lá. Evidentemente que o serviço de segurança pública não vai ficar por nossa conta. Eu acredito até que o governo brasileiro estabeleça GLOs de proteção dos governantes que estão vindo”, afirmou o ministro, durante evento promovido pela Marinha, no Rio de Janeiro, na última semana.
Entre os principais desafios logísticos citados estão o combate ao crime organizado, o tráfico de drogas e as limitações de infraestrutura para acomodar as centenas de delegações estrangeiras esperadas.
A COP 30, 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, será realizada pela primeira vez na Amazônia brasileira e deverá reunir cerca de 50 mil pessoas, incluindo representantes de 200 países, além de chefes de Estado, organizações internacionais, ambientalistas, ativistas e cientistas.
O evento será um marco na avaliação do Acordo de Paris, firmado em 2015, e deve influenciar decisões estratégicas sobre financiamento climático e ações globais de mitigação das mudanças climáticas, especialmente para países em desenvolvimento.
A expectativa do governo federal é que a GLO garanta a proteção das autoridades internacionais, o funcionamento pleno das instituições e a segurança da população local, em um momento de grande visibilidade mundial para o Brasil.
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