Após 100 anos e consideradas extintas, as Ararajubas voltaram a colorir o céu de Belém. Natural da Amazônia, essa espécie de ave desapareceu no século passado, mas um programa conseguiu reintroduzi-las na natureza.
O programa que envolveu a reprodução em cativeiro da ave para depois avançar para a soltura foi coordenado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará, em parceria com a Fundação Lymington.
Agora, o céu do Parque Estadual do Utinga voltou a ficar colorido com os belíssimos pássaros em tom verde-amarelo voando pela região.
A ararajuba tem vários nomes: guaruba, guarajuba, tanajuba, aiurujuba, jurujuba, marajuba e papagaio-imperial são só algumas maneiras que os moradores do local se referem ao pássaro.
Medindo 35 centímetros e pesando 255 gramas, a ave vive em grupo e se alimenta de sementes e flores e frutos. Os ninhos são feitos em árvores altas de florestas úmidas.
Nos últimos cinco anos já foram reintroduzidas quase 50 delas no Parque Estadual do Utinga. O projeto, que começou em 2018, vai iniciar uma terceira fase em março de 2024, com a soltura final de 30 aves.
As aves recebidas pelo projeto são do tráfico ou que antes viviam em zoológicos ou criadouros.
“O projeto é um enorme sucesso, pois hoje temos aves que vivem completamente independentes dos cuidados humanos, se alimentando e com comportamento completamente natural”, explicou Luís Fábio Silveira, professor de Zoologia da Universidade de São Paulo e presidente da Fundação Lymington.
No parque, as ararajubas ganharam também um viveiro de ambientação aberta, que é vigiado e tem alimentação disponível.
Segundo o professor, o projeto já registrou a reprodução de um casal, o que é fundamental para a população ser auto sustentável.
Agora, o azul do céu de Belém divide espaço com o verde e amarelo das aves.
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Com supervisão de Jorginho Neves
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