Por Pedro Garcia com supervisão de Alexandre Alencar
Todos ou a grande maioria das pessoas, amantes ou não do futebol, conhecem ou já visitaram pelo menos uma vez algum dos palcos do futebol, localizados na grande Belém, seja o Estádio Leônidas Sodré de Castro, Evandro Almeida, Francisco Vasques ou Edgar Proença, e se você é um apaixonado por futebol, com certeza você já foi inúmeras vezes algum desses estádios no decorrer da vida. Hoje vamos contar um pouco mais sobre quem eram essas pessoas e porque das casas de Paysandu, Remo, Tuna e até o próprio Mangueirão prestarem homenagens aos referidos personagens do esporte paraense.
O Estádio Leônidas Sodré de Castro: a Curuzu
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Leônidas Sodré de Castro foi um torcedor apaixonado pelo Paysandu e o grande responsável pela aquisição do campo em 1918, localizado na Almirante Barroso (antes Tito Franco), qual pertencia a firma Ferreira & Comandita. Após uma ampla reforma, 56 anos depois de sua aquisição a Curuzu foi reinaugurada no dia 2 de fevereiro de 1974, com uma derrota para o Remo por 2 a 1. A partir desta data, o estádio recebeu seu nome oficial: Leônidas Sodré de Castro.
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Leônidas teve também grande influência na compra da atual sede. Presidiu o Paysandu de fevereiro de 1930 até fevereiro de 1931 e participou de outras diretorias.
Evandro Almeida: O Baenão
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Evandro Melo de Almeida foi um dos atletas que mais tiveram lealdade e destaque com a camisa do Leão, clube o qual fez parte por 15 longas temporadas. Uma vida de dedicação, onde havia de fato o amor pelo clube do coração, Evandro só vestiu duas camisas: a do Clube do Remo e a da Seleção do Pará. Os azulinos o reverenciam até hoje como um símbolo da dedicação à bandeira do clube e como forma de prestar-lhe homenagem aprovaram, após a sua morte na década de 60, que o estádio da Travessa Antonio Baena, que até então não possuía uma denominação oficial, sacramentando que o estádio do Clube do Remo passaria a ser chamado de Estádio Evandro Almeida.
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Evandro também assumiu cargos de direção e no início dos anos 50, como técnico da equipe de futebol. Foi agraciado com o título de Benemérito e, posteriormente, de Grande Benemérito.
Francisco Vasques: O Souza
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O estádio recebeu esse nome em Homenagem ao ex presidente Francisco Moreira Vasques, morto em 1964. O Estádio Francisco Vasques é um estádio multiúso localizado em Belém. É utilizado principalmente para jogos de futebol e recebe os jogos em casa da Tuna Luso Brasileira.
Edgar de Campos Proença: O Mangueirão
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Edgar de Campos Proença, também conhecido como a voz do Pará, foi um importante jornalista Paraense, escreveu em jornais já extintos como O Paraense e Vanguarda. Como radialista participou da fundação da PRC5 Rádio Clube do Pará, em 1923, acompanhado de Roberto Camelier e Eriberto Pio dos Santos, tornando-a a quarta emissora do Brasil e a primeira da Amazônia.
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De acordo com informações da equipe que trabalhou com Edgar Proença, ele sempre teve um apego muito forte pelo futebol, o que influenciou diretamente na sua carreira. A Clube foi a primeira emissora do Brasil a transmitir uma partida de futebol fora do eixo Rio de Janeiro – São Paulo. Realizada na data de 03.04.1938 e narrada pelo próprio Edgar Proença no Estádio Evandro Almeida (Baenão). Tratou-se do clássico RexPa de número 100 pela taça da Paz, no qual o Clube do Remo saiu com a vitória de 5×1 em cima do maior rival e atualmente, empresta seu nome ao Estádio Olímpico do Pará.
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Edgar também conquistou o prêmio de Melhor Dramaturgo da Amazônia e do Norte e Nordeste nos anos 50. E que foi ele quem apelidou o Clube do Remo de “Leão Azul”, ao publicar na página do jornal a seguinte frase: “Como um Leão Azul de garras aduncas, o Clube do Remo lavou a alma da cidade”, após o clube ter conquistado uma vitória no dia anterior.
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