Confusão na Câmara de Belém: filho de vereador provoca protesto e clima esquenta entre parlamentares - Estado do Pará Online

Confusão na Câmara de Belém: filho de vereador provoca protesto e clima esquenta entre parlamentares

Discussão entre defensores da Palestina e do Estado de Israel gerou gritaria e troca de insultos durante sessão na manhã desta quarta-feira (21).

Uma confusão marcou a manhã desta quarta-feira (21) na Câmara Municipal de Belém após Mauro Tobelem de Lima, filho do vereador Zezinho Lima (PL), se envolver em um bate-boca com manifestantes que participavam de um ato em apoio à Palestina. O incidente ocorreu dentro do plenário da Casa e contou com a presença de representantes de movimentos sociais e parlamentares, incluindo a vereadora Marinor Brito e a vereadora Vivi Reis (PSOL).

Mauro Tobelem, presente como visitante, se manifestou em defesa do Estado de Israel durante a manifestação, o que provocou reações imediatas de militantes ligados à causa palestina. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver os manifestantes gritando frases como “Respeitem o povo palestino” enquanto o filho do vereador tentava rebater os protestos. O clima rapidamente ficou acalorado.

A ex-vereadora Marinor Brito e a vereadora Vivi Reis também se envolveram na confusão. Em um dos momentos mais tensos, registrado em vídeo, Zezinho Lima aparece discutindo diretamente com Marinor Brito. Em sua rede social, o vereador publicou um vídeo da cena com a legenda “Botando a esquerda no lugar”. No calor da discussão, Marinor respondeu com um xingamento: “Vai tomar no c**”, evidenciando o nível de tensão entre os envolvidos.

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O episódio gerou grande repercussão política e deve ser debatido em sessões futuras da Câmara. A reportagem entrou em contato com os vereadores envolvidos e aguarda um posicionamento. Em nota, a bancada do PSOL afirmou que o filho de Zezinho Lima agrediu manifestantes pró-palestina.

“No momento da confusão, as vereadoras Marinor Brito e Vivi Reis foram empurradas pelos seguranças privados. Estes seguranças estavam intimidando os manifestantes e as vereadoras e circulavam livremente na Câmara, apesar da segurança do espaço ser prerrogativa da Guarda Municipal. A vereadora Marinor Brito chegou a cair e torcer o tornozelo em razão das agressões. A bancada está tomando as providências cabíveis para responsabilizar os agressores e os parlamentares que incentivam a violência política, por não aceitarem conviver com a diversidade de opinião e a defesa dos direitos humanos. Não vamos tolerar provocações, intimidações e agressões. A Câmara Municipal é um espaço democrático e deve garantir o direito à livre manifestação”, disse o comunicado oficial.

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