Uma das principais obras preparatórias para a COP-30 em Belém, o Mercado de São Brás está pronto para ser entregue. Após 14 meses de reforma e restauração, o mercado, que vai além de um simples entreposto comercial, será um espaço multifuncional, reunindo negócios, cultura e lazer, acessível tanto para os moradores da cidade quanto para turistas.
O projeto de restauração, liderado pelo arquiteto Aurélio Meira, contempla a criação de um centro de convenções, um restaurante panorâmico, terraço, área dedicada às boieiras, feira, mezaninos, além de elevadores, escadas rolantes e um estacionamento com capacidade para mais de 200 veículos.
A revitalização do Mercado de São Brás também reforça a relevância de Belém como um polo gastronômico. Desde 2015, o município ostenta o título de Cidade Criativa da Gastronomia, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
O investimento total no projeto gira em torno de R$ 118 milhões, oriundos de recursos municipais e federais. A requalificação do espaço deverá gerar cerca de 3.500 empregos diretos e indiretos.
Projetado no início do século XX pelo arquiteto italiano Filinto Santoro, o Mercado de São Brás combina elementos arquitetônicos do art nouveau e do neoclássico, com detalhes em ferro e azulejos decorativos. A restauração preserva esses aspectos históricos e integra o mercado à Praça Floriano Peixoto, criando um espaço moderno e funcional para a população e visitantes.
História
Situado na Praça Floriano Peixoto, o Mercado de São Brás foi construído entre 1º de maio de 1910 e 21 de maio de 1911 para atender à grande demanda comercial gerada pela ferrovia Belém-Bragança. Com o ponto final do trem localizado em São Brás, a área tornou-se um centro de intenso movimento, facilitando a comercialização de produtos.
Além disso, o mercado foi projetado para ampliar o abastecimento da cidade, que até então se concentrava no Ver-o-Peso. Em 1988, passou por uma grande reforma, que modificou significativamente sua estrutura e funcionalidade.
O Mercado de São Brás é tombado como patrimônio histórico e cultural tanto pelo Município de Belém quanto pelo Estado. A Caixa d’Água de Ferro, outro ícone arquitetônico do bairro e da cidade, também faz parte desse conjunto tombado.
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