O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) reportou nesta segunda-feira (16) a ocorrência de mais de 2.300 focos de incêndio ativos em todo o Brasil. O Pará é o estado que lidera o número de queimadas, com 1.012 áreas afetadas, seguido pelo Mato Grosso, com 420 focos, e o Tocantins, com 279. No Distrito Federal, foram registrados 20 locais com incêndios.
A Amazônia continua a ser a região mais impactada, concentrando 59% dos focos de incêndio, enquanto o cerrado apresenta 36% das ocorrências. Os dados são alarmantes, especialmente considerando que, em agosto, foram detectados mais de 68 mil focos de incêndio por satélites. Desde o início de setembro até hoje, quase 60 mil pontos de queimadas foram identificados.
A situação tem gerado preocupações em diferentes setores. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, manifestou, nesta segunda-feira, sua preocupação com a impunidade relacionada às queimadas criminosas. Em reunião do Conselho Nacional de Justiça, Barroso cobrou uma abordagem mais rigorosa do poder judiciário no combate a esses crimes ambientais.
A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) anunciaram uma ação judicial em busca de indenização de R$ 635 milhões por danos climáticos ao Parque Nacional do Jamanxim, no Pará. A ação é direcionada contra cinco fazendeiros acusados de crimes ambientais em uma área de 7 mil hectares dentro do parque.
Essas medidas refletem um esforço crescente para enfrentar a crise de queimadas que afeta não apenas a biodiversidade brasileira, mas também o equilíbrio climático global. O avanço dos incêndios e as ações judiciais em resposta sublinham a necessidade urgente de estratégias mais eficazes para proteger os ecossistemas vitais do país.
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