A Cirklo, uma das maiores recicladoras de garrafas PET no Brasil, e a Solar Coca-Cola, uma das maiores fabricantes do Sistema Coca-Cola Brasil, firmaram parceria para construir uma fábrica de reciclagem de garrafas PET na região Norte. Localizada em Ananindeua, a unidade já tem sua estrutura concluída e está na etapa de instalação dos equipamentos, com início de operação previsto para novembro.
Com capacidade para transformar até 1.000 toneladas de PET por mês, o empreendimento promete gerar impactos ambientais, sociais e econômicos na Amazônia. Em 2024, a Cirklo processou mais de 3 bilhões de garrafas PET e projeta um crescimento ainda mais robusto para os próximos anos. A Solar Coca-Cola, fabricante que integra o Sistema Coca-Cola Brasil, vai contribuir com o volume de garrafas PET destinadas à unidade, promovendo um ciclo fechado em que produtos descartados dão origem a novas embalagens. O material coletado por cooperativas e comerciantes locais será triado e processado no estado, transformando-se em flocos de PET reciclado. Essa matéria-prima seguirá para uma das unidades da Cirklo especializadas em granulação, completando o ciclo de reaproveitamento para produção de novas embalagens PET 100% recicladas.
A inauguração da fábrica da Cirklo em Ananindeua é um dos pilares da cadeia de reciclagem, abrangendo desde o fortalecimento de catadores e cooperativas até o processamento final do material. Com investimento de R$ 20 milhões a iniciativa representa um marco na estruturação da cadeia de reciclagem na Amazônia, reforçando o compromisso das empresas de gerar valor social, ambiental e econômico na região.
“Esta é nossa quarta unidade industrial, e nela vamos gerar inicialmente mais de 60 empregos diretos, além de impulsionar toda a cadeia de coleta e reciclagem, beneficiando cooperativas, catadores e agentes ambientais. É um movimento que valoriza o resíduo, promove renda e reconhece o papel fundamental da base da cadeia”, destaca Irineu Bueno Barbosa Júnior, CEO da Cirklo. Segundo o executivo, a unidade tem o potencial de inserir a região em um ciclo virtuoso de desenvolvimento sustentável, gerando renda e oportunidades em um setor que promove impacto socioambiental positivo.
Amazônia como referência em sustentabilidade
Na Amazônia, o Sistema Coca-Cola Brasil, por meio da fabricante Solar Coca-Cola, acumula mais de 70 anos de contribuição para o desenvolvimento da região – um impacto que vai além da geração de empregos. Nas últimas três décadas, em parceria com organizações locais e aliados, o Sistema e a Solar tem investido em projetos de inclusão produtiva, combate à fome, acesso à água e economia circular. A nova planta de reciclagem no Pará é mais um marco dessa trajetória, reforçando o papel estratégico da região como referência em soluções sustentáveis com impacto social.
“Acreditamos no poder transformador da colaboração e da ação concreta. Esta fábrica simboliza não apenas um avanço na gestão de resíduos e na valorização da cadeia de reciclagem, mas também o fortalecimento do nosso compromisso com o desenvolvimento socioeconômico, a preservação ambiental e a inclusão produtiva das comunidades locais. Queremos apoiar e mobilizar cada vez mais iniciativas e investimentos, em parceria com atores estratégicos. Nosso objetivo é deixar um legado duradouro para o estado do Pará, com geração de renda, fortalecimento da cadeia de reciclagem e impacto positivo nas comunidades locais”, pontuou Gustavo Biscassi, diretor de relações corporativas Cone Sul na Coca-Cola América Latina
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Essa iniciativa é muito boa.
Uma das alternativas para tratar corretamente a geração e destinação de resíduos seria a coleta seletiva generalizada, e não a falácia mencionada por gestores públicos desonestos, que não administram adequadamente o saneamento básico.
O poder público teria que criar várias estratégias para tal. Começando por programas sérios, efetivos, massivos e permanentes de educação ambiental; implantação generalizada de separação de resíduos em todos os condomínios verticais e horizontais, e de biodigestores (com incentivo fiscal temporário, e orientação técnica), e estímulos convincentes para que todos os cidadãos separem os resíduos em contenedores específicos dispostos em vias públicas. Todo o processo deveria ser ensinado na educação ambiental. E também os cidadãos deveriam ser orientados a racionalizar seu consumo, para adquirir apenas materiais que sejam, de fato, para seu uso necessário, evitando ceder ao apelo consumista irracional da publicidade.
Quanto ao caso específico do excesso de plástico, que está contaminando o mundo inteiro (até os organismos vivos de várias espécies, inclusive a humana), o processo mencionado na matéria jornalística jamais conseguirá reciclar todo o plástico descartado.
A solução teria que ser global, através de um compromisso de todos os países em reduzir progressivamente a fabricação de plásticos, até a eliminação total, o que deveria ser tratado na COP-30, se os propósitos do evento fossem, de fato, honestos.