O Pará deu mais um passo na modernização da segurança pública. O estado é o segundo do país a operar com a nova versão do Sinesp/CAD 3.0, que facilita a localização de chamadas de urgência feitas ao Ciop.
A atualização do sistema foi feita com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A ferramenta ajuda a identificar, em tempo real, onde está a pessoa que liga para pedir ajuda (com precisão de até 5 metros).
“A gente praticamente acabou com aquela situação da pessoa não saber onde ela está, não saber o nome da rua ou não ter algum ponto de referência, porque isso pode acontecer quando a pessoa está nervosa ou realmente não conhece o endereço em que está. Então, isso é uma novidade muito interessante que já está sendo colocada em prática para auxiliar ainda mais o nosso trabalho”, disse o tenente-coronel PM Felipe Aires.
Uma das principais novidades do sistema é a identificação direta da localização da pessoa que aciona a central de atendimento, com precisão de até 5 metros.
Além disso, os agentes de segurança agora podem ser acionados diretamente pelo celular, com o uso do aplicativo “Sinesp Mais”, que agiliza o tempo de resposta das ocorrências.
“O agente vai saber a localização, o que está acontecendo, o nome das pessoas, ele pode traçar uma rota por um aplicativo de GPS para chegar até o local da ocorrência, o tipo de ocorrência, os envolvidos”, explicou Aires.
“E no final, ele pode dar o relato dele pelo próprio celular”, disse o diretor, destacando que o agente também pode finalizar a ocorrência e que, depois, o operador do Ciop faz o fechamento do registro.
A mudança no sistema contou com apoio de uma equipe técnica do Ministério da Justiça e está sendo acompanhada nesta semana para o ajuste de dúvidas pontuais com a equipe local.
A localização das chamadas funciona graças a uma parceria com a Anatel e as operadoras de celular, após a autorização do estado para o compartilhamento de informações com o Ministério da Justiça.
“O Ministério faz contato com a Anatel falando que a unidade da federação autorizou que aquelas informações sejam trafegadas pelo CAD”, explicou Rafael Rodrigues, coordenador-geral do Sinesp.
“E com isso, sem qualquer tipo de necessidade adicional de configuração local, o operador já vai começar a receber aquelas informações na tela para o atendimento daquela emergência”, concluiu.
O sistema prioriza dados de GPS e Wi-Fi do aparelho que originou a chamada. Se não houver essa conexão, a localização é feita por triangulação entre torres de celular próximas ao local da ocorrência.
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