Elisa Rodrigues, de 2 anos, desapareceu no dia 16 de setembro de 2023 em uma área de mata próxima ao igarapé do Zinco, no município de Anajás, Ilha do Marajó. Desde então, o caso permanece em investigação.
Inicialmente, dois suspeitos foram levados à delegacia de Anajás para prestar depoimento. Um deles chegou a ser detido, mas o principal acusado pelo desaparecimento morreu na Central de Triagem da Marambaia, em Belém, pouco tempo após sua transferência para a capital.
O caso apresenta semelhanças com outro ocorrido pouco mais de um ano antes, envolvendo Amanda, de 10 anos, que desapareceu e foi encontrada morta sob um trapiche na orla de Anajás, em junho de 2022. Ambos os episódios geraram grande comoção entre os moradores, que têm pressionado as autoridades por respostas.
No desaparecimento de Elisa, o delegado Thiago Diniz, à frente da investigação, dialogou com a comunidade e assegurou que o caso receberia atenção prioritária. Ele reforçou que, apesar da ausência de evidências concretas até o momento, as buscas continuariam.
“Este caso não ficará impune. Trabalhei no caso da Amanda, que teve grande repercussão, e conseguimos prender dois suspeitos na época. No caso da Elisa, a investigação é mais desafiadora, pois ainda não há vestígios ou um corpo. Por isso, as buscas precisam ser intensificadas”, declarou o delegado.
O advogado Almir Ribeiro, que mora em Anajás, falou sobre o caso, sinalizando que ele caiu no esquecimento. Mas a população de Anajás ainda fala sobre o assunto.
Elisa Rodrigues, de 2 anos, desapareceu no dia 16 de setembro de 2023 em uma área de mata próxima ao igarapé do Zinco, no município de Anajás, Ilha do Marajó. Desde então, o caso permanece em investigação, com buscas realizadas por autoridades e pela população local. pic.twitter.com/OPRBKbI516
— Portal Estado do Pará Online (@Estadopaonline) December 10, 2024
“Há mais de um ano, uma criança de três anos chamada Elisa desapareceu na comunidade do Zinco, no município de Anajás. Na época, as forças de segurança foram acionadas, mas a investigação seguiu sem informações claras sobre o andamento ou qualquer pista concreta. No decorrer das apurações, surgiu um suspeito, que foi levado para Belém. Ele faleceu na Central de Triagem, apresentando sinais de possível tortura, mas nunca confessou envolvimento no desaparecimento. Com o passar do tempo, o caso perdeu visibilidade. O tema deixou de ser tratado e foi, aos poucos, caindo no esquecimento”, disse.
“Na ocasião, uma força-tarefa foi organizada pelo Estado. Helicópteros, delegados de forças especiais, Corpo de Bombeiros e até o promotor de justiça substituto foram mobilizados para atuar no caso. A comunidade e o município se uniram, cercaram a ilha e realizaram uma varredura detalhada. No entanto, o paradeiro da criança nunca foi descoberto. Até hoje, não há informações se Elisa foi encontrada com vida ou sem vida, e nenhum vestígio relacionado a ela foi divulgado”, continuou.
“O que se aponta é que o suspeito detido poderia estar tão alheio ao caso quanto a própria vítima desaparecida, e a investigação permanece sem solução”, completou.
O Estado do Pará On-Line encaminhou um e-mail para a Polícia Civil solicitando mais informações sobre o caso e informações atualizadas das investigações. Aguardamos um posicionamento.
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