Nas últimas semanas, Belém tem registrado um aumento no número de avistamentos de cobras, especialmente em áreas urbanas. Basilio Guerreiro, biólogo do Parque Zoobotânico Mangal das Garças e do Laboratório de Produção Animal da UFPA, explica que o fenômeno está relacionado ao aumento das chuvas, perda de habitats naturais e à maior facilidade de registros por câmeras de celulares.
As cobras, como sucuris, sempre estiveram presentes nas cidades amazônicas, como Belém, que é rodeada por rios, canais e riachos que deságuam na Baía do Guajará. O biólogo ressalta que, com o aumento das chuvas, esses animais ganham mobilidade pelos canais e redes de esgoto, frequentemente surgindo em áreas urbanas. Esse aumento de avistamentos, no entanto, está ligado à crescente destruição do habitat natural e à busca por alimento e abrigo.
Apesar do medo que geram, as cobras raramente oferecem risco à população. Embora as sucuris sejam as mais comuns na capital paraense, elas se alimentam de presas menores, como galinhas e patos. Para evitar encontros indesejados, o especialista orienta que a população não interaja pic.twitter.com/B7eZ8yoRxK
— Portal Estado do Pará Online (@Estadopaonline) March 3, 2025
Apesar do medo que geram, as cobras raramente oferecem risco à população. Guerreiro afirma que, embora as sucuris sejam as mais comuns na capital paraense, elas se alimentam de presas menores, como galinhas e patos. Uma cobra de tamanho suficiente para ameaçar um ser humano seria uma exceção extrema e praticamente impossível de ocorrer na cidade. Para evitar encontros indesejados, o especialista orienta que a população não interaja com o animal, acionando a Polícia Ambiental por meio do 190 para captura e soltura segura.
O biólogo também destaca que cobras, embora possam ser temidas, desempenham um papel fundamental no ecossistema, ajudando no controle de roedores e outros animais indesejados. Ele alerta que maltratar ou matar esses animais é crime, passível de multa e prisão. Ao reconhecer a importância desses répteis, é possível promover uma convivência mais harmônica entre a população e a fauna local.
Por fim, o Basílio desmistifica histórias de cobras atacando ou arrastando pessoas, esclarecendo que tais relatos são exageros, frequentemente impulsionados por boatos em redes sociais.
Leia também:
Deixe um comentário