Às vésperas da COP 30, queimadas e desmatamento são um desafio em Belém

Na ocupação irregular conhecida como "Comunidade Helder Barbalho", queimadas têm reduzido vegetação nativa, ameaçando a biodiversidade e contribuindo para emissões de carbono.

Enquanto Belém se prepara para receber a COP30 em 2025, a crise ambiental no distrito de Icoaraci, marcado por queimadas e desmatamento, expõe uma desconexão entre os compromissos globais com a sustentabilidade e a realidade local.

À medida que a COP 30, maior conferência global sobre mudanças climáticas, se aproxima, Belém, sua anfitriã, enfrenta contradições alarmantes. No bairro Maracacuera, distrito de Icoaraci, em Belém, a devastação é evidente, especialmente ao redor do residencial Quinta dos Paricás e na área de ocupação irregular conhecida como “Comunidade Helder Barbalho”, situada entre o Quinta dos Paricás e o condomínio Bougainville. 

Na localidade citada, queimadas muitas vezes de origem criminosa, têm reduzido vegetação nativa, ameaçando a biodiversidade e contribuindo para emissões de carbono que contradizem os compromissos climáticos esperados na COP30. Imagens aéreas revelam a vastidão da área desmatada:

A situação reflete a fragilidade das políticas públicas e a ineficiência da fiscalização ambiental. A ausência de ações preventivas e repressivas efetivas permite que práticas ilegais avancem, agravando o desmatamento e colocando em xeque o discurso sustentável que Belém deseja apresentar ao mundo.

O Estado do Pará Online (EPOL) entrou em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) para solicitar um posicionamento sobre a situação que preocupa os moradores, mas, até o momento desta publicação, não obtivemos resposta.

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