As diárias pagas pelo governo do Pará ao presidente da EMATER, pastor e irmão do deputado Josué Paiva

As relações políticas entre o governador do Pará e seus subordinados são repletas de regalias e privilégios, enquanto os demais servidores públicos e a população amarga uma realidade totalmente diferente,

Helder Barbalho e Joniel Abreu, atual presidente da EMATER
Helder Barbalho e Joniel Abreu, atual presidente da EMATER. Foto: Reprodução/Redes Sociais.

A Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária (Asbraer) realiza entre os 18 a 22 de março, a 65ª Assembleia Geral Ordinária em Rondônia.

Servidores da EMATER-PA estranharam a publicação no Diário Oficial do Estado do Pará a publicação de portaria informando que o governo de Helder Barbalho (MDB) pagará ao pastor Joniel Abreu, presidente do órgão, 8,5 diárias para o evento que dura cinco (05) dias. Pela lógica, a quantidade de diárias deveria ser igual ao número de dias do evento.

“Joniel foi uma indicação do deputado estadual Josué Paiva (Republicanos), que é seu irmão e por isso tem as ‘costas largas’, diz fonte do portal.

Deputado estadual Josué Paiva (Republicanos) e Helder Barbalho. Foto: Reprodução/Redes Sociais.

“Mais estranho ainda é que o diretor técnico, Rosival Possidonio, também vai para o mesmo evento, porém recebeu 6,5 diárias, 1,5 a mais que o permitido, e 2,0 diárias a menos que o presidente”, comenta o servidor estadual que verificou o Diário Oficial do Estado e pediu sigilo da fonte.

APURAÇÃO

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) e o Ministério Público do Estado serão consultados por nossa redação para emitir uma posição sobre as portarias publicadas no DOE e que supostamente afrontam a legislação estadual.

PROTESTO

Na contra-mão das regalias da diretoria, os demais servidores da EMATER-PA realizaram nessa semana, um protesto em frente à Secretaria de Planejamento e Administração (Seplad), em Belém. Os servidores paralisaram as atividades nos 144 escritórios do órgão no Estado desde a última segunda-feira (11).

Entre os motivos do protesto estão a cobrança pelo cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 23/24 e condições de trabalho precárias, com espaços insalubres e problemas persistentes, como a falta de toner nas impressoras desde o ano passado. Também há preocupação com o pessoal de campo, que enfrenta sérias dificuldades para exercer suas atividades devido à escassez de recursos adequados.

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