Árvores são remanejadas para obras da COP 30 em Belém

Mais de 60 árvores já foram transplantadas ou remanejadas para o Parque da Cidade, Porto Futuro II, Nova Doca e BRT Metropolitano.

Foto: Rerproduçõa / Agência Pará

O Governo do Estado do Pará tem promovido o transplante de árvores em grandes projetos de infraestrutura na Região Metropolitana de Belém, como as obras do Parque da Cidade, Porto Futuro II, Nova Doca e BRT Metropolitano. A prática garante a preservação das espécies vegetais em áreas onde a supressão seria necessária, priorizando o manejo ambiental responsável.

Segundo Marcelo Moreno, diretor de Licenciamento Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), o processo envolve uma análise inicial da árvore para determinar a viabilidade do transplante. “Após a avaliação, iniciamos a preparação com a poda das folhas para facilitar o transporte, aplicamos resinas para proteger os cortes e preparamos o solo no local de destino, com adubação e irrigação adequadas, para que a árvore consiga se estabelecer e consolidar suas raízes”, detalha Marcelo.

O tempo de adaptação das árvores transplantadas varia entre 75 e 100 dias, quando os primeiros sinais de sucesso começam a aparecer. De acordo com a Secretaria de Estado de Cultura (Secult), 172 árvores de mais de 100 espécies estão programadas para serem transplantadas ao Parque da Cidade e Porto Futuro II, com 64 já realocadas até o momento.

Na Nova Doca, duas palmeiras e uma mangueira foram remanejadas dentro da própria via, enquanto quatro novas árvores, incluindo exemplares de Parapará e Ingá, serão trazidas de outras localidades. O engenheiro agrônomo Flair Martins, do Consórcio Nova Doca, reforça a importância do cuidado contínuo durante o processo: “Estamos garantindo irrigação constante e adubação necessária, reforçando o compromisso com a sustentabilidade nas obras para a COP 30”.

No caso do BRT Metropolitano, destaca-se o transplante de duas samaumeiras realizado em 2020, consideradas símbolos de preservação ambiental. Localizadas originalmente na BR-316, as árvores, com 10 e 7 metros de altura, foram replantadas na área do viaduto do Coqueiro. Após quatro anos, elas seguem saudáveis e plenamente adaptadas ao novo espaço.

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