A Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos de Transporte (Artran) atuou diretamente no apoio emergencial às vítimas do naufrágio da embarcação Ana Clara II, ocorrido na última sexta-feira (4), no rio Paracauary, entre os municípios de Soure e Salvaterra, no arquipélago do Marajó (PA). O barco operava de forma irregular e não tinha registro junto à Artran.
Apesar da gravidade do acidente, não houve mortes, e todas as pessoas a bordo foram resgatadas. Imediatamente após o ocorrido, a Artran mobilizou servidores e empresas reguladas para garantir assistência humanitária, transporte e acolhimento às vítimas, muitas em situação de vulnerabilidade.
Ação rápida garantiu transporte gratuito e assistência básica
Segundo o diretor de fiscalização da Artran, Gilberto Barbosa, a agência acionou sua equipe em Soure e também contactou empresas que operam legalmente no transporte aquaviário intermunicipal para oferecer apoio logístico gratuito, utilizando as rotas Belém-Soure, Icoaraci-Camará e Belém-Camará.
“Conseguimos prestar assistência imediata com transporte, água e alimentação, garantindo um retorno seguro e digno às vítimas do naufrágio”, afirmou Barbosa.
Vítimas relatam gratidão pelo acolhimento
A aposentada Rosineide do Nascimento Monteiro, de 57 anos, foi uma das passageiras resgatadas. Emocionada, ela agradeceu o atendimento que recebeu.
“Recebi tudo que precisava: água, comida, passagem, roupa. Esse apoio foi essencial. Só tenho a agradecer a Deus e a quem nos ajudou”, relatou.
Servidores atuaram durante a madrugada no resgate
O servidor da Artran em Soure, Adolfo Maia, foi um dos primeiros a chegar ao ponto de desembarque dos sobreviventes. Ele passou a madrugada prestando auxílio com água, refrigerantes, ligações para familiares e organização do traslado em embarcações regulares, sem custo.
“Fiz questão de estar ali. Ajudar essas pessoas foi uma das experiências mais marcantes da minha vida como servidor público. Dever cumprido”, declarou.
Embarcação operava de forma irregular
A Artran confirmou que a Ana Clara II não constava em seu cadastro de operadores autorizados, nem atuava em portos fiscalizados pelo órgão. A Capitania dos Portos apura as causas do naufrágio, que, segundo testemunhas, teria ocorrido após a embarcação colidir com pedras submersas.
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