Com estrutura permanente desde 2008, os Arcos de Nazaré representam a transição entre o mundo terreno e o sagrado durante a grande procissão do Círio. Criados pelos arquitetos Carla Abreu, Hélcio Arruda e Joaquim Meira, os arcos simbolizam fé, acolhimento e renovação espiritual, reforçando o papel da arquitetura como expressão da devoção paraense.

Erguidos na Avenida Nazaré, entre a Generalíssimo Deodoro e a Travessa 14 de Março, os dois arcos funcionam como portais simbólicos da maior manifestação religiosa do Pará, marcando o início e o fim da romaria. A concepção artística remete a fitas entrelaçadas como mãos em oração, com elementos do cristianismo primitivo, como o peixe, e referências ao manto de Nossa Senhora, integrando o projeto à paisagem da Basílica Santuário.
Desde registros de 1897, os arcos faziam parte da tradição do Círio, sendo desmontados a cada edição. A versão atual foi idealizada para ser permanente, com design em aço branco e iluminação temática inspirada no cartaz oficial da festa, lançado anualmente. A decoração só é finalizada após a divulgação do cartaz, reforçando a conexão entre todos os símbolos da festividade.


Para o coordenador do Círio 2025, Antônio Sousa, os arcos são mais que estruturas decorativas: “Eles anunciam a chegada do Círio e acolhem os romeiros com emoção e esperança. É um símbolo vivo da fé do nosso povo”.
O Círio de Nazaré é realizado pela Arquidiocese de Belém, Basílica Santuário de Nazaré, Diretoria da Festa de Nazaré, Governo do Estado e Prefeitura de Belém. Entre os patrocinadores de 2025 estão Banpará, Instituto Cultural Vale, Hydro e outras 93 instituições apoiadoras. A programação completa está sendo divulgada gradualmente pelos organizadores.
Com informações da ASCOM da Diretoria da Festa do Círio
Leia também:
Deixe um comentário