A Força Aérea Brasileira (FAB) conduziu à Delegacia de Novo Progresso, sudoeste do Pará, o médico Bruno Felisberto, de 29 anos, suspeito de matar a namorada Kethlyn Vitória de Souza, de 15 anos, com um tiro supostamente acidental na cidade de Guarantã do Norte, interior do Mato Grosso, na última quinta-feira, 1. Bruno se entregou aos agentes após passar cinco dias escondido no Pará, em casa de familiares.
O suspeito teve a prisão preventiva decretada e foi conduzido por uma viatura até a Delegacia de Guarantã do Norte, onde passou a ficar à disposição da justiça enquanto aguarda audiência de custódia. Ele foi conduzido por uma equipe até a delegacia de Guarantã do Norte e, durante cerca de uma hora de interrogatório, confessou ter sido o autor do disparo.
O médico relatou que, no dia 1º, estava no carro com Ketlhyn, voltando de um passeio, quando ambos — sob efeito de álcool, segundo ele — pararam o veículo. A adolescente teria pedido para dirigir e sentado no colo do namorado. Foi nesse momento, conforme depoimento, que o médico pegou a arma, acreditando estar desmuniciada, e houve o disparo acidental.
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Após o tiro, o médico afirmou ter socorrido Ketlhyn imediatamente, levando-a ao hospital da cidade, onde ela chegou em estado grave. Profissionais da unidade tentaram reanimá-la por cerca de 40 minutos, sem sucesso.
Testemunhas relataram que o suspeito, visivelmente abalado, pediu para que salvassem “a menina dele” e que “não saberia viver sem ela”. Após ser informado da morte, ele teria tido um surto emocional, danificando parte do mobiliário da unidade antes de fugir.
Durante a apuração, o médico inicialmente se recusou a revelar o paradeiro da arma, mas posteriormente conduziu os policiais até o local onde havia descartado o revólver: embaixo de uma ponte, ainda na zona urbana de Guarantã do Norte, sentido o estado do Pará.
O delegado informou ainda que o suspeito já teve uma medida protetiva de urgência decretada contra ele em 2022, a pedido de uma ex-companheira.
O caso está sendo investigado como homicídio e o inquérito deve ser concluído nos próximos dez dias. A arma foi apreendida e o médico permanecerá custodiado à disposição da Justiça.
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