Uma aluna da Faculdade Integrada Brasil Amazônia (Fibra), em Belém, denunciou ao portal Estado do Pará Online (EPOL) que foi impedida de retirar os convites para sua colação de grau, programada para 18 de janeiro, devido a inadimplência. A estudante afirma ter cumprido todos os requisitos acadêmicos necessários, como atividades complementares e integralização curricular, mas alega que a instituição condiciona sua participação ao pagamento imediato de débitos financeiros. Segundo a denunciante, ao solicitar esclarecimentos, foi orientada a procurar setores administrativos, mas não obteve uma resposta por escrito sobre o impedimento.
A denúncia reacende a polêmica envolvendo a Fibra. Em janeiro de 2024, alunos do curso de Direito relataram problemas semelhantes. À época, a faculdade negou as acusações, afirmando que não restringe a participação em colações de grau por inadimplência e que tal prática seria incompatível com a legislação brasileira. A Lei nº 9.870/1999 proíbe penalidades pedagógicas por inadimplemento, como o impedimento de colar grau.
Segundo a aluna, um funcionário do financeiro teria condicionado a liberação dos convites ao pagamento imediato das pendências financeiras, negando outras formas de negociação, como parcelamentos. A estudante relatou ainda que tentou dialogar com a coordenadora de curso e a pró-reitora da instituição, mas não obteve respostas concretas. Ela afirmou que os responsáveis “jogam a questão para cima” e evitam fornecer declarações formais ou alternativas para resolver a situação, insistindo no pagamento imediato como única solução.
O EPOL entrou em contato com a Fibra, que respondeu aos questionamentos por meio de sua assessoria jurídica. Em nota, a instituição afirmou que o cumprimento das obrigações acadêmicas é o único requisito para a participação na colação de grau e que segue rigorosamente os ditames da legislação vigente, incluindo a Lei nº 9.870/1999, que proíbe penalidades pedagógicas devido à inadimplência. A Fibra ressaltou que não há impedimento para que alunos inadimplentes participem da cerimônia e que todos que tenham concluído as exigências acadêmicas receberão os convites. No entanto, afirmou não ter recebido uma manifestação formal da aluna, considerando o caso como hipotético.
Apesar da resposta enviada pela Faculdade Fibra ao EPOL, a aluna denunciou que esteve nesta quinta-feira (9) no polo para solicitar novamente os convites da colação de grau e foi informada de que deveria retornar apenas na próxima terça-feira (14). A medida, segundo ela, adia ainda mais a entrega dos convites e aproxima o prazo do evento, marcado para o dia 18 de janeiro.
A estudante registrou conversas em áudios e prints, que, segundo ela, comprovam que a instituição está postergando a liberação dos convites. “No regimento não consta que a inadimplência pode impedir a colação de grau. Eles não querem me dar uma negativa por escrito porque sabem que isso está errado”, afirmou a aluna, reiterando sua frustração com a situação. A estudante também mencionou transtornos emocionais e financeiros causados pela situação, que frustraram seus planos e os de sua família para a cerimônia.
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