Acusado de estrangular tatuadora em Marabá vai a júri popular amanhã, 7 - Estado do Pará Online

Acusado de estrangular tatuadora em Marabá vai a júri popular amanhã, 7

Além de Will, também estão envolvidos no caso sua companheira, Deidyelle de Oliveira Alves, e o irmão dela, Dayvid Oliveira; dois últimos acusados não participarão no júri neste etapa

O tatuador Willian Araújo Sousa, conhecido como “Will Sousa”, será julgado nesta quinta-feira (7), pelo assassinato de Flávia Alves Bezerra, ocorrido em 15 de abril de 2024. Will responderá por feminicídio e ocultação de cadáver. O julgamento será realizado no Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes, em Marabá, e ocorrerá sob a forma de júri popular.

O crime, que mobilizou a opinião pública em Marabá, foi solucionado dez dias após o desaparecimento da vítima. Além de Will, também estão envolvidos no caso sua companheira, Deidyelle de Oliveira Alves, e o irmão dela, Dayvid Oliveira. No entanto, ambos não participarão do júri neste momento.

O caso provocou forte comoção na cidade, com manifestações nas redes sociais e atos públicos que pedem justiça por Flávia e responsabilização dos acusados.

Flávia desapareceu na madrugada de 15 de abril de 2024, após sair de um bar no Núcleo Nova Marabá. Ela foi vista pela última vez entrando no carro de Will, seu colega de profissão. Familiares da vítima afirmam que o tatuador mantinha uma obsessão não correspondida pela jovem.

O desaparecimento foi registrado dois dias depois, em 17 de abril, e a Polícia Civil iniciou as investigações. Em 25 de abril, foi deflagrada a Operação Anástasis, com apoio dos núcleos de investigação de Marabá e Tucuruí. No mesmo dia, Willian e sua esposa, Deidyelle de Oliveira Alves, foram presos. Ela é acusada de participar da ocultação do corpo. A identificação dos suspeitos foi possível graças à análise de imagens de câmeras de segurança, perícias no veículo utilizado por Will e outros recursos técnicos.

Ainda na noite de 25 de abril, o corpo de Flávia foi localizado em uma cova rasa, na zona rural entre Jacundá e Nova Ipixuna, a cerca de 100 km de Marabá. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a jovem foi morta por estrangulamento. Também foi realizada busca e apreensão em uma SUV, veículo supostamente usado no crime. A perícia indica que o assassinato ocorreu dentro do carro.

O inquérito foi concluído em agosto de 2024 e encaminhado ao Ministério Público. Willian foi denunciado por homicídio qualificado, feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. Já Deidyelle responde por ocultação de cadáver e fraude, mas está em liberdade desde 25 de maio de 2024.

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