A Secretaria das Nações Unidas sobre Mudança do Clima validou o planejamento do Brasil para a realização da COP 30 na Amazônia. Na sexta-feira, 24 de janeiro, especialistas apresentaram recomendações preliminares voltadas à melhoria de infraestrutura, serviços de saúde, transportes, segurança pública e hospedagem. As análises técnicas comporão um relatório consolidado nos próximos dias.
De acordo com Miriam Belchior, secretária-executiva da Casa Civil, esta é a primeira vez que os planos das instalações de uma COP são aprovados com dez meses de antecedência. Ela avaliou que o resultado reflete o progresso dos trabalhos. “Sabemos de toda a complexidade que é fazer uma COP 30, mas também do simbolismo fundamental que é realizá-la aqui em Belém”, afirmou.
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP 30 Amazônia, destacou o simbolismo de iniciar sua gestão na cidade-sede e reforçou o entusiasmo em relação à parceria entre o governo brasileiro e o estado do Pará. “Queremos fazer uma COP que realmente tenha impacto no contexto mundial tão desafiador”, afirmou.
Estratégias para desafios logísticos
Simon Stiell, secretário-executivo da Secretaria das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), elogiou o comprometimento do Brasil com a organização da COP e destacou os desafios logísticos. Ele lembrou que a Conferência coloca o local-sede sob os holofotes globais, mas também traz benefícios econômicos. “Os eventos climáticos trazem empregos e movimentação econômica, mas exigem estratégias eficazes para superar desafios complexos”, observou.
Noura Hamladji, secretária-executiva adjunta da UNFCCC, também elogiou o progresso das obras e planos desde sua última visita técnica em outubro de 2023. Para ela, a realização da COP na Amazônia tem um forte simbolismo global, representando esperança e compromisso com a sustentabilidade.
Integração de esforços
Os governos federal, estadual e municipal têm trabalhado de forma integrada para garantir que os investimentos em infraestrutura para a COP 30 deixem um legado para a população de Belém. O governador do Pará, Helder Barbalho, ressaltou o planejamento conjunto que vem sendo realizado nos últimos dois anos, incluindo ações concretas para a entrega das obras até setembro de 2025.
“Estamos trabalhando para garantir uma Belém mais robusta, com uma economia fortalecida e alinhada à sua vocação ambiental. Algumas obras já foram entregues e outras seguem em ritmo acelerado”, afirmou Helder.
Hospedagem e controle de preços
Sobre o aumento nos preços de hospedagem, Noura Hamladji pontuou que a situação é comum em cidades que sediam a COP, mas que os valores devem se ajustar até o evento. Hana Ghassan, vice-governadora do Pará, garantiu que haverá leitos suficientes, considerando a previsão de 50 mil participantes ao longo dos 15 dias da Conferência.
“A experiência de outras COPs mostra que conseguimos gerenciar bem a hospedagem, e o Pará está avançando com planos para atender a demanda”, assegurou Hana.
Com informações de Agência Brasil
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