O Pará segue como um dos estados mais impactados pelo desmatamento na Amazônia Legal, concentrando 20% da destruição florestal registrada em janeiro de 2025. Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon e revelam um cenário preocupante para a conservação da vegetação nativa no estado.
No total, o desmatamento na Amazônia Legal cresceu 68% em relação ao mesmo período de 2024, atingindo 133 km² de área devastada. O Pará, ao lado de Mato Grosso (45%) e Roraima (23%), compõe o grupo dos três estados que, juntos, responderam por 88% do total desmatado.
Degradação florestal: Pará é o estado mais impactado
O Pará também liderou a degradação florestal em janeiro de 2025, com 116 km² atingidos, o equivalente a 46% do total registrado no período. O município de Prainha foi o mais impactado, acumulando 67 km² de floresta degradada, o que corresponde a 6.700 campos de futebol de vegetação comprometida.
A degradação é causada por queimadas e exploração ilegal de madeira, processos que, embora não removam completamente a vegetação, fragilizam a floresta e abrem caminho para novos desmatamentos.
Áreas protegidas sob pressão
Entre as Unidades de Conservação (UCs) amazônicas que sofreram degradação em janeiro, três estão no Pará:
- Floresta Estadual do Paru (17 km²)
- APA Arquipélago do Marajó (2 km²)
- APA do Tapajós (0,3 km²)
No caso das Terras Indígenas (TIs), uma das sete mais impactadas em toda a Amazônia também está no Pará. A crescente pressão sobre essas áreas compromete a segurança ambiental e a sobrevivência das comunidades tradicionais que dependem da floresta.
A necessidade de reforçar a fiscalização
O avanço do desmatamento e da degradação florestal no Pará reforça a necessidade de ações mais efetivas para conter a destruição. A pesquisadora Larissa Amorim destaca que é urgente intensificar as operações de combate aos crimes ambientais.
“A destruição dessas áreas impacta diretamente os povos originários e compromete a biodiversidade e a regulação climática. É fundamental que os órgãos competentes atuem de maneira coordenada para frear esse avanço”, afirma Amorim.
Fonte: Imazon
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