Sintepp diz que não foi notificado de decisão da Justiça que aponta ilegalidade da greve dos professores

Sindicato afirma que manterá paralisação apesar da decisão judicial.

Em nota divulgada na noite desta quinta-feira (30), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) disse que não foi notificado da decisão do Poder Judiciário do Estado do Pará que apontou que a greve dos trabalhadores é marcada por abusos e excessos, incluindo a interdição de vias públicas, a vedação de acesso às escolas estaduais e até mesmo a invasão e depredação de patrimônios públicos.

O sindicato declarou que “Esse ataque à nossa luta já era esperado, considerando o autoritarismo de Helder (Helder Barbalho, governador do Pará), e a subserviência do Poder Judicial”. A nota foi encerrada declarando que “Nossa orientação é que todas as atividades estão mantidas e vamos enfrentar essa decisão”, informa o documento.

A decisão foi proferida pela desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento, que também proibiu o bloqueio de vias públicas e a interdição de prédios públicos. A magistrada estabeleceu ainda que manifestações devem ocorrer a pelo menos um quilômetro de distância de unidades estaduais.

O Sintepp defende que a greve busca pressionar o governo para revogar a lei estadual 10.820/2024 e para exonerar o secretário de Educação, Rossieli Soares. Em nota, o sindicato classificou a decisão judicial como um “ataque à nossa luta” e criticou o que considera autoritarismo do governador Helder Barbalho e a subserviência do Poder Judicial. O sindicato orientou a manutenção de todas as atividades da greve e afirmou que enfrentará a decisão judicial.

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que está adotando medidas para garantir a continuidade das atividades educacionais e o funcionamento dos serviços públicos durante a greve. A pasta reforçou o compromisso de dialogar com a categoria para buscar soluções que atendam às reivindicações dos professores, visando minimizar os impactos da paralisação no calendário escolar.

O impasse entre o Sintepp e o governo estadual continua, com o sindicato mantendo a paralisação e preparando recursos jurídicos contra a decisão judicial. Enquanto isso, estudantes e pais aguardam uma resolução que permita o retorno das atividades escolares e a garantia do direito à educação.

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