Mais de mil famílias seguem aguardando a entrega dos 1.008 apartamentos do Residencial Viver Outeiro, localizado na Ilha de Caratateua, em Outeiro, distrito de Belém. Beneficiários do programa Minha Casa Minha Vida realizaram um protesto nesta sexta-feira (24), cobrando a entrega das chaves das moradias, cuja construção foi concluída em novembro de 2024.
De acordo com Anderson Mendes, presidente da comissão dos moradores, mesmo com as obras finalizadas, não há uma data definida para a entrega dos imóveis. O projeto, iniciado em 2014 com um orçamento de cerca de R$ 62 milhões, sofreu diversas paralisações ao longo dos anos. Em 2023, a construção foi retomada com um aporte de R$ 20 milhões do Ministério das Cidades, por meio do programa federal.
As famílias, muitas delas vivendo há uma década em situações precárias, destacam as dificuldades enfrentadas enquanto aguardam a entrega das moradias. Muitas dependem de aluguéis caros ou residem em habitações irregulares, além de já terem pago antecipadamente a primeira mensalidade dos apartamentos. Durante os anos de atraso, os prédios foram alvos de saques e vandalismo, agravando o sentimento de insegurança.
Apesar de a Prefeitura de Belém ter informado em 2024 que a entrega poderia ocorrer até o fim daquele ano, a previsão foi ajustada para janeiro de 2025. No entanto, ainda não há uma data oficial. Em resposta às críticas, a administração municipal alegou que sua responsabilidade é limitada ao cadastramento das famílias, enquanto a definição da entrega cabe ao Ministério das Cidades e ao Governo Federal.
A situação gerou indignação entre os manifestantes, principalmente entre mães de baixa renda que enfrentam dificuldades para sustentar suas famílias enquanto esperam por um lugar digno para morar.
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