Pará lança projeto do Parque das Árvores Gigantes na COP 29

“A criação do Parque é um marco na proteção desses monumentos vivos da biodiversidade”, ressalta Nilson Pinto, presidente do Ideflor-Bio

Foto: Fernando Sette

Na COP 29, a ser realizada em Baku, Azerbaijão, em 20 de novembro, o Governo do Pará, por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), apresentará uma nova iniciativa de preservação ambiental: o Parque Estadual Ambiental das Árvores Gigantes da Amazônia.

O projeto será destaque no painel “Unidades de Conservação da Natureza do Pará – Um Santuário Florestal”, que reforça o protagonismo do Pará em ações climáticas e de conservação.

Thiago Valente, assessor técnico do Ideflor-Bio, conduzirá a palestra, onde oferecerá um panorama sobre as áreas protegidas no Pará e o papel das Unidades de Conservação (UCs) na sustentabilidade e no enfrentamento às mudanças climáticas. Com áreas de preservação que abrigam árvores entre as maiores do mundo, como um angelim-vermelho de 88,5 metros de altura – comparável a um prédio de 30 andares –, o estado busca expandir a proteção a esses monumentos naturais.

“A criação do Parque é um marco na proteção desses monumentos vivos da biodiversidade”, ressalta Nilson Pinto, presidente do Ideflor-Bio. Segundo ele, a preservação das árvores gigantes é essencial para combater o desmatamento e preservar ecossistemas críticos na região amazônica.

Consulta pública e participação comunitária

O Parque das Árvores Gigantes é resultado de uma Consulta Pública realizada no Distrito de Monte Dourado, em Almeirim, próximo à área destinada ao projeto. Thiago Valente destaca a importância da participação da comunidade local: “Nossa proposta foi amplamente discutida com a população para integrar as necessidades e direitos de quem habita a região”, frisou.

Ecoturismo, pesquisa e conservação

A criação do Parque visa proteger recursos hídricos, flora e fauna locais, além de fomentar pesquisa científica e ecoturismo sustentável. A estrutura será um “laboratório natural” para estudos e uma oportunidade de desenvolvimento para as comunidades. Entre as etapas futuras para implementação do Parque estão o fortalecimento da infraestrutura e políticas de gestão e fiscalização.

Comitiva e parcerias internacionais

A comitiva do Ideflor-Bio na COP 29 conta com Nilson Pinto, Thiago Valente e Ana Claudia Simoneti, diretora de Gestão de Florestas Públicas do Ideflor-Bio. Em busca de apoio internacional, o grupo espera firmar parcerias para reforçar políticas de preservação do Pará. A iniciativa, segundo Nilson Pinto, representa um avanço para a política ambiental do estado e simboliza o compromisso do Pará com a biodiversidade e a mitigação climática global.

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