Acórdão do TRE mantém prisão preventiva de PM acusado de compra de votos

A defesa do tenente-coronel Galhardo alegou que o dinheiro seria utilizado para quitar despesas da fazenda de Antônio Doido, localizada em Tomé-Açu, e não teria relação com compra de votos. Galhardo, homem de confiança do deputado federal, é lotado na Casa Militar da Assembleia Legislativa do Pará.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará manteve a prisão preventiva do tenente-coronel Francisco de Assis Galhardo do Vale, da Polícia Militar, envolvido em um caso de suposta compra de votos nas eleições municipais deste ano. A decisão foi publicada após julgamento do pedido de Habeas Corpus (HC) impetrado pela defesa do oficial, que foi negado pela maioria dos juízes.

Galhardo e outros dois militares, Jeremias Cardoso da Hungria e Elis Dangelis Noronha Martins, foram presos pela Polícia Federal (PF) às vésperas do 1º turno, quando tentavam sacar aproximadamente R$ 5 milhões em uma agência bancária em Castanhal. O montante de R$ 4.980.000,00 seria supostamente utilizado para a compra de votos em Ananindeua, favorecendo o candidato Antônio Doido (MDB), deputado federal e aliado do governador Helder Barbalho (MDB). O candidato acabou derrotado no pleito pelo prefeito reeleito Dr. Daniel Santos (PSB).

A relatora do caso, juíza Rosa de Fátima Navegantes, votou contra o pedido de liberdade provisória, sendo acompanhada pelos colegas desembargadora Ezilda Pastana, juiz federal José Airton de Aguiar Portela e juiz Marcus Alan de Melo Gomes. Votaram a favor da concessão do HC os juízes Marcelo Lima Guedes e Rafael Fecury Nogueira, que foram vencidos.

A defesa do tenente-coronel Galhardo alegou que o dinheiro seria utilizado para quitar despesas da fazenda de Antônio Doido, localizada em Tomé-Açu, e não teria relação com compra de votos. Galhardo, homem de confiança do deputado federal, é lotado na Casa Militar da Assembleia Legislativa do Pará.

O caso segue repercutindo, sobretudo por envolver membros da Polícia Militar e figuras políticas ligadas ao governo estadual, o que intensifica a atenção sobre a questão da compra de votos nas eleições municipais.

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