Pará registra 311 focos de queimadas em 24h e lidera ranking nacional

Brasil atravessa a pior estiagem em 75 anos, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o que agrava ainda mais a situação das queimadas

Foto: Greenpeace

O estado do Pará liderou o ranking nacional de queimadas nas últimas 24 horas, com 311 focos registrados, segundo dados do sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O Brasil contabilizou um total de 913 focos de incêndio na terça-feira (15), e a Amazônia foi a região mais afetada, com 608 ocorrências, representando 66,6% dos focos. Em seguida, o Maranhão teve 135 focos e o Acre, 134.

O bioma amazônico, que concentra a maior parcela das queimadas no país, continua sob forte pressão devido à seca prolongada e ao avanço de práticas ilegais de desmatamento e queimadas. O Brasil atravessa a pior estiagem em 75 anos, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o que agrava ainda mais a situação das queimadas.

Além disso, o cenário das queimadas tem piorado de forma alarmante nos últimos meses. O mês de agosto de 2024 foi o pior dos últimos 14 anos, com 68.635 focos de incêndio registrados – um aumento de 144% em relação a agosto de 2023. Já em setembro, o número subiu ainda mais, alcançando 83.157 focos, tornando-se o mês com o maior número de queimadas no ano.

Os números ressaltam a gravidade da crise ambiental enfrentada pelo Pará e toda a região amazônica, onde as queimadas têm se intensificado em meio a condições climáticas extremas e a práticas de degradação ambiental. A situação coloca em risco a biodiversidade e as comunidades locais, que sofrem diretamente com as consequências da destruição florestal e da poluição do ar.

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