Após queimadas, ‘tempestade de areia’ em Itaituba assusta moradores

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico declarou que a situação na bacia do Tapajós é de "escassez hídrica relevante e deve atingir níveis ainda mais baixos entre os meses de outubro e novembro.

Um flagra feito por uma moradora de Itaituba, sudoeste paraense, impressionou internautas e assustou moradores por mostrar as consequências da seca provocada por queimadas na região: uma densa nuvem de poeira e a formação de uma ‘tempestade de areia’, segundo moradores.

Na última segunda-feira (23) a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) aprovou a declaração de situação crítica de escassez hídrica no trecho baixo do rio Tapajós, entre Itaituba e Santarém. Esta é a primeira vez que a agência declara escassez no rio Tapajós.

De acordo com a ANA, a situação na bacia do Tapajós é de “escassez hídrica relevante” em relação a períodos anteriores, com impactos principalmente sobre a navegação entre os municípios de Itaituba e Santarém.

Em seu relatório, a agência observou “anomalias negativas” na região em relação ao volume de chuvas na bacia, que estão abaixo da média histórica. A previsão é que a vazão do rio Tapajós em Itaituba atinja níveis ainda mais baixos entre os meses de outubro e novembro.

“São vazões raras e extraordinárias, que acontecem com pouca frequência, o que demonstra a situação extraordinária de escassez hídrica do ponto de vista da hidrologia nessa bacia”, diz o relatório técnico.

Leia também: