Centrais sindicais e movimentos sociais de Belém estão convocando atos de protesto em resposta à decisão controversa da conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Ann Pontes, que bloqueou a circulação de ônibus elétricos com ar-condicionado adquiridos pela Prefeitura de Belém. A decisão de Pontes, indicada pelo governador Helder Barbalho (MDB), e que assumiu o cargo em maio deste ano, alegou “superfaturamento” nos contratos, embora o valor dos veículos seja idêntico ao dos ônibus adquiridos pelo governo do Pará.
A circulação dos novos ônibus elétricos, já prontos para operar, foi impedida pela conselheira sob a alegação de irregularidades financeiras. No entanto, a discrepância nos valores, que são os mesmos praticados em compras feitas pelo governo estadual, levanta suspeitas sobre a natureza da decisão. Líderes dos movimentos sociais e sindicais afirmam que a decisão não possui fundamentos técnicos sólidos e parece ser uma manobra política com o objetivo de influenciar o resultado das eleições municipais deste ano.
A mobilização popular contra a decisão é motivada pela frustração com a atual frota de transporte público, que está em péssimas condições. Estudantes e trabalhadores, que enfrentam diariamente os problemas de uma frota sucateada, seriam os maiores prejudicados pela suspensão dos novos ônibus, que prometiam melhorias significativas no serviço.
A convocação para o ato de protesto destaca a insatisfação popular com a situação atual: “Chega, os conselheiros do TCM no ar condicionado e o povo trabalhador no calor”, diz o texto. O encontro de lideranças para organizar os atos ocorrerá nesta segunda-feira, 12 de agosto, às 19h, no Sindicato dos Urbanitários do Pará, localizado na Av. Duque de Caxias, 1234, no bairro do Marco.
Os organizadores esperam uma grande mobilização da população para expressar seu descontentamento com a decisão e pressionar por uma solução que beneficie efetivamente os usuários do transporte público em Belém.
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