Uma briga entre uma advogada e o delegado da Delegacia de Homicídios (DH) foi registrada no município de Castanhal na última sexta-feira (16).
A advogada, identificada como Adriana Albuquerque, teria sido expulsa da sala onde ela estava prestando depoimento ao delegado Vitor Fontes.
Pessoas de dentro da delegacia registraram a confusão que logo após começaram a circular nas redes sociais. A Associação dos Delegados de Polícia do Pará (Adepol/PA) se manifestou após o ocorrido.
Veja o vídeo:
A Adepol disse que a advogada estava acompanhando uma testemunha de homicídio e tentou interferir no depoimento ao delegado por diversas vezes. Segundo ela, ele estaria sendo abusivo e intimidador. Com isso, o delegado mandou ela se retirar da sala. A advogada se levantou e saiu do local, mas tentou entrar novamente ao perceber que o cliente continuou na sala, empurrando a porta que estava trancada.
Nos vídeos que circulam nas redes sociais, a advogada Lisse Lure, integrante da Comissão da OAB de Castanhal, aperece surrando a porta e forçando a entrada dela. Em nota, a Adepol acusa a advogada de interferir no depoimento da testemunha, ao tentar induzila a ocultar as informações necessárias e relevantes para a investigação policial sobre o caso, alegando inclusive a possibilidade de um crime de falso testemunho.
Um grupo de advogados também chegou ao local para prestar apoio à Adriana, segundo relatos da Adepol.
“Pouco tempo depois, um grupo de aproximadamente 10 pessoas, que se identificaram como advogados, chegou à unidade policial e invadiu o gabinete do delegado Vitor, na tentativa de intimidar a autoridade policial e tumultuar os trabalhos desenvolvidos na delegacia especializada. A esse grupo a Dra. Adriana Albuquerque afirmava repetidamente que havia sido agredida, o que de fato não ocorreu”.
Adepol
Também segundo a associação, o delegado se colocou à disposição para conversar com dois dos advogados que se faziam presentes, se apresentando como integrantes da comissão de prerrogativas da OAB.
“Após muito custo, os demais advogados saíram da sala, permanecendo apenas os dois representantes da comissão de prerrogativas da OAB Castanhal e a advogada Adriana Albuquerque, momento em que esta alegou que a testemunha não poderia falar o que sabia porque estaria colocando sua própria vida em risco e que ela era a ‘fiscal da lei’, olvidando que a pessoa ouvida na condição de testemunha, salvo as exceções legais, tem a obrigação imposta por lei de falar a verdade sobre o que souber e lhe for perguntado e que, na verdade, o fiscal da lei é o representante do Ministério Público”.
Adepol
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