A Hydro e a Alunorte se manifestaram após a publicação, nesta semana, do parecer do Ministério Público do Pará (MPPA) que pede a condenação das empresas por supostos danos ambientais decorrentes de um vazamento de rejeitos em Barcarena, em 2018. Em nota, as companhias negam veementemente qualquer transbordo ou contaminação causada pelas operações durante o período de fortes chuvas registrado naquele ano.
Segundo a nota, a empresa afirma já ter apresentado à Justiça e ao Ministério Público “um conjunto de estudos técnicos e evidências” apontando que não houve vazamento dos depósitos de resíduos sólidos da Alunorte. A defesa cita ainda mais de 90 inspeções no local, realizadas desde 2018, incluindo avaliações de auditorias independentes e de órgãos públicos, que teriam confirmado a ausência de impacto ambiental ou risco à saúde humana relacionado às atividades da refinaria.
As companhias também destacam uma decisão internacional recente. Em 24 de setembro de 2025, o Tribunal de Roterdã, na Holanda, concluiu que não há evidências de transbordamento e rejeitou todas as acusações apresentadas contra a Norsk Hydro ASA e suas subsidiárias holandesas. Para o tribunal, não existe possibilidade de que danos ambientais ou à população tenham sido provocados pela operação da empresa durante o episódio.
O posicionamento ocorre após o MPPA defender, em parecer enviado à Justiça, que Hydro e Alunorte sejam responsabilizadas pela contaminação de cursos d’água em Barcarena e indenizem comunidades atingidas. O documento também questionou a legitimidade da associação CAINQUIAMA para propor ação popular sobre o caso.
A Hydro e a Alunorte afirmam que continuarão adotando as medidas jurídicas cabíveis no curso do processo.
Confira a nota na íntegra:
“A Hydro e a Alunorte negam veementemente as acusações de contaminação ou danos ambientais em Barcarena provocados por suas operações como consequência das fortes chuvas que atingiram a região em 2018.
As companhias já apresentaram à Justiça e ao Ministério Público um conjunto de estudos técnicos e evidências demonstrando que não houve transbordo ou vazamento dos depósitos de resíduos sólidos da Alunorte durante as fortes chuvas de fevereiro de 2018, fato confirmado por mais de 90 inspeções realizadas no local, inclusive por auditorias independentes e autoridades competentes. Essas avaliações comprovam que não houve dano ambiental ou à saúde humana relacionados às operações da Alunorte.
No âmbito internacional, o Tribunal de Roterdã, em decisão final de 24 de setembro de 2025, rejeitou todas as acusações contra a Norsk Hydro ASA e suas subsidiárias holandesas. O tribunal da Holanda concluiu que não há evidências de transbordamento dos depósitos de resíduos da Alunorte durante as fortes chuvas de 2018 e, consequentemente, que não há possibilidade de ocorrência de danos ao meio ambiente e às pessoas causado pelas operações da empresa.
As companhias adotarão as medidas jurídicas no curso do processo.”









Deixe um comentário