Belém se prepara para receber a Cúpula dos Líderes e a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em novembro, e a segurança dos rios que cercam a capital paraense ganhou atenção especial.
O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), e a Marinha do Brasil uniram esforços para intensificar a fiscalização da Baía do Guajará e do Rio Guamá, pontos estratégicos para a mobilidade de autoridades e visitantes.
As ações incluem monitoramento em áreas como o Ver-o-Peso, o Terminal Hidroviário Internacional, além dos distritos de Icoaraci e Outeiro, locais que receberão cruzeiros contratados pelo Governo Federal para hospedagem de delegações.
Para isso, a Segup vai empregar uma balsa equipada e agentes especializados, em trabalho conjunto com a Marinha. O plano de segurança da COP30 prevê a mobilização de mais de 7 mil agentes das forças estaduais, entre policiais militares, civis e bombeiros, além de apoio logístico da União e da Prefeitura de Belém.
“Estamos diante de um dos maiores desafios de segurança já enfrentados pelo Pará. Nossa prioridade é garantir tranquilidade tanto para os líderes mundiais quanto para a população local”, ressaltou o secretário estadual de Segurança, Ualame Machado.
No último sábado (13), o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico deixou o Rio de Janeiro rumo a Belém, trazendo cerca de 1.100 militares e 435 toneladas de equipamentos estratégicos. A embarcação transporta armamentos, viaturas blindadas e veículos das três Forças Armadas, consolidando o início da chamada Operação Atlas, coordenada pelo Ministério da Defesa.
De acordo com o contra-almirante Antonio Braz de Souza, comandante da 1ª Divisão da Esquadra, o trabalho é resultado de um planejamento iniciado há dois anos. O capitão de Mar e Guerra José Paulo Azeredo, responsável pelo NAM Atlântico, acrescenta que o navio demonstra a versatilidade e a capacidade logística da Marinha em missões dessa dimensão.
“Carregamos mais de 400 toneladas de material, incluindo 80 viaturas das três Forças, o que evidencia a importância dessa operação para o país”, afirmou.
A presença do Atlântico reforça a proteção dos acessos fluviais de Belém e amplia o aparato de segurança em um dos maiores eventos internacionais já realizados no Pará.