Centenas de pessoas ocuparam a Avenida Almirante Barroso, em Belém, na manhã desta quinta-feira (25), em protesto contra a instalação de um aterro sanitário nos municípios de Acará e Bujaru.
O ato, organizado por comunidades quilombolas, ribeirinhas e outros grupos tradicionais, denuncia supostas irregularidades no processo de licenciamento conduzido pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). Os participantes pedem a suspensão imediata do projeto.
Anderson Borralo, um dos organizadores, afirmou que cerca de 17 das 39 comunidades quilombolas de Acará estavam representadas na manifestação. Ele destacou que a instalação do aterro pela empresa Ciclus ocorreria a apenas 500 metros do Rio Guamá, em área considerada inadequada.
“É uma população que necessita, que vive da agricultura familiar e também da terra pra sobreviver”, afirmou Anderson.
Borralo acrescentou que as comunidades dependem da agricultura familiar e do uso da terra para subsistência, e que o projeto colocaria em risco a preservação ambiental e o modo de vida local.
O protesto buscou chamar a atenção do governo estadual e pressionar por diálogo direto com representantes do poder público sobre a viabilidade e os impactos do aterro sanitário.
Em nota, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) informou que o projeto para a instalação do aterro sanitário em Bujaru e Acará ainda está em análise de viabilidade ambiental e locacional.
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