Um projeto que une ciência, meio ambiente e educação tem colocado Belém no radar da conservação internacional. Pesquisadores chineses em Ecologia visitaram, nesta sexta-feira (11), o Parque Estadual do Utinga para conhecer de perto a iniciativa que busca reintroduzir ararajubas na natureza.
As ararajubas, símbolo da fauna amazônica, vêm sendo monitoradas por técnicos do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) em parceria com a Fundação Lymington. O grupo visitante percorreu trilhas, conheceu os viveiros de aclimatação e participou de uma roda de conversa sobre os desafios da conservação em áreas urbanas.
“Receber especialistas internacionais reforça a relevância científica e ambiental do nosso projeto. As ararajubas têm grande valor simbólico e ecológico, e sua reintrodução controlada é um avanço no esforço pela restauração da fauna amazônica”, destacou Mônica Furtado, gerente de Biodiversidade do Ideflor-Bio.
O projeto foi iniciado há oito anos e visa restabelecer populações viáveis da espécie Guaruba guarouba na natureza, com foco no comportamento, adaptação e reprodução das aves em ambiente protegido. As ações seguem protocolos sanitários, normas técnicas e incluem atividades de educação ambiental com os visitantes.
Os pesquisadores asiáticos ficaram impressionados com a estrutura e o impacto do trabalho.
‘Ficamos impressionados com a integração entre conservação, educação e ciência. Ver as ararajubas voando em seu habitat natural é uma experiência única. O modelo adotado aqui pode inspirar outros projetos similares em áreas tropicais do mundo.”
A visita amplia possibilidades de cooperação técnica entre Brasil e China, reforçando a importância de preservar a biodiversidade mesmo em centros urbanos. O Parque do Utinga, localizado em uma das áreas mais populosas de Belém, cumpre papel estratégico para a fauna e flora da região metropolitana.
