Cônego Cláudio Barradas morre aos 95 anos em Belém - Estado do Pará Online

Cônego Cláudio Barradas morre aos 95 anos em Belém

Ator, professor e dramaturgo, Barradas foi homenageado com o nome do teatro universitário da UFPA; causa da morte não foi divulgada.

Morrreu na manhã desta segunda-feira (30), aos 95 anos, o cônego emérito da Arquidiocese de Belém, Cláudio Barradas, figura marcante tanto na vida religiosa quanto na cultura paraense. A informação foi confirmada por membros da igreja, mas a causa da morte não foi divulgada.

Em nota nas redes sociais, o diácono Alexandre expressou pesar e solidariedade à família. “Nossa solidariedade e orações pelos familiares do Cônego Cláudio Barradas, que durante um tempo como Pároco desta paróquia, realizou tanto bem a esta comunidade paroquial. Deus o receba em seus braços e nos dê o consolo da fé”, escreveu.

Barradas se tornou cônego emérito em junho de 2024, integrando o Cabido Arquidiocesano de Belém, formado por sacerdotes que se aposentam por idade ou saúde. Mas sua trajetória ultrapassou os limites da igreja: ele foi jornalista, ator, professor, dramaturgo e uma das figuras centrais na formação artística no Pará.

Em sua homenagem, a Universidade Federal do Pará (UFPA) deu seu nome ao Teatro Universitário Cláudio Barradas, localizado no bairro do Umarizal, em Belém. O espaço é símbolo do teatro experimental e da formação de artistas no estado.

Trajetória marcante

Nascido em 1930, Cláudio Barradas ingressou no seminário aos 13 anos. Nos anos 1950, trabalhou como ator e diretor de radionovelas na Rádio Clube do Pará e atuou em teleteatros da extinta TV Marajoara. Já nos anos 1970, participou de quatro filmes dirigidos pelo cineasta Líbero Luxardo, entre eles Um Dia Qualquer e Brutos e Inocentes.

Em 2009, aos 79 anos, foi homenageado com a inauguração do teatro que leva seu nome, um marco da Escola de Teatro e Dança da UFPA (ETDUFPA), da qual também foi um dos fundadores.

Cláudio Barradas deixa um legado de fé, arte e ensino. Sua morte é sentida por religiosos, artistas, alunos e todos que foram tocados por sua atuação múltipla e transformadora no Pará.

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