Layon Miguel nasceu com um quadro raro e grave de hipoglicemia. Com um ano de internação e apoio de uma equipe multidisciplinar, ele agora vai, pela primeira vez, para casa.
Bianca Priscila dos Santos, mãe do menino, relembrou os desafios desde o nascimento prematuro, com cerca de 35 semanas. “Foi bem difícil no começo. Eu estava em negação, mas com o tempo fui me acostumando. Hoje, pulei de alegria com a alta. O pai dele, a avó e a tia estão esperando para celebrar. Sou muito grata a todos da Santa Casa”, disse emocionada.
A pediatra Caroline da Rocha explicou que Layon nasceu na Santa Casa em junho de 2024 e, logo nas primeiras 24 horas de vida, apresentou vários episódios de hipoglicemia. Com o passar do tempo, os quadros persistiram, levando ao diagnóstico da doença.
“Ele foi acompanhado pela endocrinologista Darcilene, que identificou a hipoglicemia hiperinsulinêmica. Ele chegou à enfermaria com um mês e três dias e permaneceu até agora, quando completou um ano. Pela primeira vez vai conhecer a própria casa”, relatou Caroline.
Segundo a médica, o menino ainda apresenta episódios de hipoglicemia, mas já tem um bom controle glicêmico. “Simulamos a rotina alimentar que ele terá em casa para observar como seu corpo reage. Agora ele segue com acompanhamento ambulatorial”, completou.
A endocrinologista Darcilene Nunes reforçou que o quadro de Layon envolvia convulsões e perda de consciência. “Identificamos um excesso na produção de insulina. Com a união da equipe e o preparo da mãe, conseguimos estabilizar o quadro para que ele tivesse alta com segurança.”
Ela destacou também o preparo da família para lidar com os cuidados em casa. “A mãe já sabe identificar e tratar as crises. A alta representa o sucesso de um trabalho comprometido em garantir saúde e desenvolvimento adequado à criança”, finalizou.
A saída de Layon da Santa Casa representa mais que um retorno ao lar: é o marco de uma vitória coletiva da medicina, da ciência e do amor.
