Circula nas redes sociais um vídeo comovente gravado antes de um crime brutal que chocou a cidade de Itaituba, no sudoeste do Pará. Nas imagens, Igor de Sousa Mendes, de 19 anos, aparece em um culto evangélico realizado na manhã deste domingo (13), declarando, pela primeira vez, seu amor à mãe, Marília Sousa Mendes, de 67 anos — a mesma que ele viria a assassinar com golpes de faca no mesmo dia.
No vídeo, Igor sobe ao palco da igreja visivelmente emocionado. Com voz embargada e chorando, ele diz diante da congregação: “Eu te amo, mãe… Eu te amo”, revelando que nunca havia conseguido dizer essas palavras antes. O gesto comoveu fiéis presentes e viralizou logo após a repercussão do crime.
Embora internautas afirmem que o vídeo foi gravado no último domingo (13), membros da igreja afirmam que, na verdade, as imagens são do domingo anterior ao crime, dia 6 de abril de 2025.
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O assassinato ocorreu no domingo (13), durante a tarde, na residência onde mãe e filho moravam, entre a 11ª e 12ª Rua do bairro Bela Vista, nos fundos do Ginásio Poliesportivo. Segundo testemunhas e amigos próximos, Igor havia sido batizado naquele mesmo culto. Pessoas próximas relatam que ele era conhecido por ser tranquilo e muito apegado à mãe, o que torna o caso ainda mais trágico e difícil de compreender.
Após cometer o crime, Igor fugiu pela Rodovia Transamazônica carregando a faca usada no homicídio. Ele foi localizado pela Polícia Militar nas proximidades da 8ª Rua, em frente ao presídio local, e, segundo a PM, teria reagido à abordagem. Durante a ação, acabou sendo baleado e foi encaminhado em estado grave à sala vermelha do Hospital Regional do Tapajós (HRT), onde segue sob custódia. Aos profissionais de saúde, ele afirmou que matou a mãe porque “foi Deus que mandou” e declarou não sentir arrependimento.
A Promotoria de Justiça e a Polícia Civil investigam o caso. A principal linha de apuração é que Igor tenha sofrido um surto psicótico, possivelmente relacionado a questões de saúde mental ainda não diagnosticadas.
O vídeo tem causado grande comoção em Itaituba e reacende o debate sobre a importância do cuidado psicológico, mesmo em contextos de fé e religiosidade. O caso também expõe a necessidade de apoio a jovens em situação de vulnerabilidade emocional.
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