4º Festival de Cinema Negro Zélia Amador de Deus começa neste sábado (18), em Icoaraci

A abertura será às 18h30, com o documentário “Ginga Reggae”, de Nayra Albuquerque (MA), seguido por apresentações culturais no Espaço Cultural Coisas de Negro

Créditos: Cinediaspora

A quarta edição do Festival de Cinema Negro Zélia Amador de Deus começa neste sábado (18), na Estação Cultural de Icoaraci, em Belém, com programação gratuita até 26 de janeiro. O evento ocupa espaços como o Museu da Imagem e do Som (MIS), no Palacete Faciola, e as ilhas de Caratateua (Outeiro), Cotijuba e Maracujá.

Neste ano, o festival homenageia Felipa Maria Aranha, liderança quilombola do Baixo Tocantins, no Pará. A programação inclui exibições de filmes, debates, oficinas e apresentações culturais. As inscrições para as oficinas podem ser feitas pelas redes sociais do evento.

Abertura e programação inclusiva

A abertura será às 18h30, com o documentário “Ginga Reggae”, de Nayra Albuquerque (MA), seguido por apresentações culturais no Espaço Cultural Coisas de Negro.

No dia 24, o MIS promove uma sessão de filmes com audiodescrição, incluindo o documentário “O Som das Redes”, de Assaggi Piá (BA), sobre o atleta de futebol de cegos Selmi Nascimento. O transporte para pessoas com deficiência visual será oferecido em parceria com grupos de acessibilidade.

Debates e capacitação

Com foco em descentralizar o audiovisual, o festival promove masterclasses nos dias 23 e 24 sobre coprodução com cinema indígena, distribuição de curtas e montagem cinematográfica. Lu Peixe, diretora da Cine Diáspora, ressalta a importância das políticas afirmativas para a região Norte.

Troféu Zélia Amador de Deus

O festival premiará 40 obras dirigidas por negros ou povos originários, divididas em categorias como curtas, animações e videoclipes. Os prêmios somam R$ 9,5 mil, com licenças e menções honrosas concedidas por associações do setor.

Encerramento

O encerramento será no dia 26, em Outeiro, com shows da banda Fogoyó e a divulgação dos vencedores do festival.

Sobre Felipa Maria Aranha

Líder quilombola do século XVIII, Felipa Maria Aranha organizou o quilombo do Mola e a Confederação do Itapocu, resistindo bravamente à escravidão no Pará. Sua história é símbolo de luta e resistência negra.

Histórico do festival

Desde 2019, o Festival Zélia Amador de Deus celebra o cinema negro com exibições, premiações e formação de profissionais na região Norte. O evento homenageia Zélia Amador de Deus, professora e importante liderança do movimento negro na Amazônia.

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