Há 14 anos um dos maiores artistas que o Pará nos deixava. O cantor e compositor Osvaldo Oliveira, o Vavá da Matinha, morria no Hospital Ophir Loyola, em Belém. A causa de sua morte foi disfunção múltipla dos órgãos no último dia de março de 2010.
Vavá fez muitos sucessos e era figura obrigatória em programas de rádio e TV de Belém. Sendo assim, ele se tornou o maior divulgador das coisas do estado nos anos 50, 60 e 70.
“Sou filho de pernambucano com amazonense, minha avó catarinense, meu avô baiano, meu sogro alagoano, minha sogra cearense, me criei em Macaíba no Rio Grande do Norte, mas sou paraense”. O cantor nunca escondeu sua paixão pelo Pará e pelo Norte, em todas as suas participações em grandes programas de TV pelo Brasil, o paraense nunca escondeu sua paixão pelo nosso estado. O cantor criou muitas obras que expressavam os seus amores pelo Pará e nunca escondeu seu orgulho como filho da terra como ‘Este ano irei a Belém’, ‘Pará e Bahia’, ‘Sou de Belém’ e ‘Salada em Família’.
Artista e pioneiro dos boleros, ainda é possível escutar suas músicas em muitos bailes e bares pela cidade, Vavá sempre estará vivo no coração dos paraenses. Seus maiores sucessos como ‘Só Castigo’, ‘Ela é meu abrigo’, ‘Desgosto’, entre outros, ainda tocam por aí pela cidade como se fossem lançados ontem.
Vendeu mais discos que o ‘Rei’ Roberto Carlos
Na década de 50, 60 e 70, o rei Roberto Carlos estava com toda a popularidade no ranking de discos mais vendidos. Mas no ano de 1972, o disco ‘Só castigo’ ganhou esse posto de 1º lugar sendo o mais procurado pela população, virando uma febre entre os ouvintes e deixando os discos do rei nas prateleiras. Uma importante observação, esse ranking não foi nacional, mas sim regional, o cantor paraense só bateu o rei aqui pra cima, na região Norte e alguns estados do Nordeste, mas como tinha muitos amigos pelo Sul e Sudeste, o disco também ganhou bastante popularidade entre os sulistas. Alguns amigos próximos dizem que era legal conviver com Vavá e essa história não podia faltar em suas prosas, “Eu vendi mais discos que o Roberto Carlos”, sempre dizia o cantor.
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