Violência armada cai 39% em Belém e região metropolitana em julho, aponta instituto - Estado do Pará Online

Violência armada cai 39% em Belém e região metropolitana em julho, aponta instituto

Foram registrados 33 tiroteios, com 18 mortos e sete feridos; bairros de Belém e Ananindeua lideram ocorrências.

A Região Metropolitana de Belém registrou queda significativa nos índices de violência armada durante o mês de julho de 2025. De acordo com o relatório mensal divulgado nesta quinta-feira (7) pelo Instituto Fogo Cruzado, foram contabilizados 33 tiroteios no período, que resultaram em 25 pessoas baleadas — sendo 18 mortes e sete feridos.

Os dados representam uma redução de 39% no número de tiroteios em comparação ao mesmo mês de 2024, quando foram registrados 54 episódios. O número de mortos caiu 42% (de 31 para 18), e o de feridos reduziu 36% (de 11 para sete). A coleta foi feita entre os dias 1º e 31 de julho e está disponível gratuitamente na API pública do Instituto.

Belém, capital do estado, liderou em registros, com 22 tiroteios — uma queda de 21% em relação aos 28 casos do ano passado. Ananindeua contabilizou seis ocorrências, com quatro mortos e três feridos, o que também representa redução de 33% nos tiroteios. Já Castanhal apresentou aumento nos confrontos durante ações policiais, subindo de uma para três ocorrências — crescimento de 200%.

Confira a distribuição dos tiroteios por município:

  • Belém: 22 tiroteios, 14 mortos e 3 feridos
  • Ananindeua: 6 tiroteios, 4 mortos e 3 feridos
  • Castanhal: 4 tiroteios e 1 ferido
  • Barcarena: 1 tiroteio

O bairro mais violento foi o Distrito Industrial, em Ananindeua, que concentrou quatro tiroteios, com três mortos e um ferido. Em Belém, os bairros com mais ocorrências foram Telégrafo (3 tiroteios), Pedreira, Paracuri, Marambaia e Marco (todos com 2 tiroteios cada).

Entre as motivações para os disparos registrados, destacam-se:

  • 15 ações policiais
  • 11 homicídios ou tentativas
  • 8 roubos ou tentativas de roubo
  • 1 briga

Chama atenção o número de pessoas atingidas dentro de casa: apenas uma em julho de 2025, contra três no mesmo mês do ano anterior.

O relatório reforça a importância do monitoramento da violência armada com dados públicos e georreferenciados, essenciais para estratégias de segurança pública e prevenção à violência.

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