Um vídeo registrado nesta quarta-feira (14) em Marabá, no sudeste do Pará, tem causado indignação nas redes sociais. As imagens mostram uma mulher sendo transportada na caçamba de uma caminhonete em situação de emergência, por falta de ambulância disponível para o socorro.
Segundo relatos, a paciente precisava de atendimento médico urgente, mas, diante da ausência de veículos adequados, foi colocada no compartimento de carga do veículo para ser levada até o hospital mais próximo. A cena gerou forte comoção e revolta entre internautas, que passaram a cobrar explicações das autoridades locais sobre o episódio.
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Em nota, o secretário municipal de Saúde de Marabá, Werbert Ribeiro Carvalho, informou que o Ministério da Saúde recomenda 4 ambulâncias do SAMU 192 para municípios com população acima de 300 mil habitantes. Marabá ainda não tem oficialmente esse número, todavia tem 4 ambulâncias habilitadas no serviço. Uma ambulância de suporte avançado e 3 de suporte básico. “Entretanto, nossa frota é antiga, tendo sido colocadas em uso no ano de 2019, o que faz com que a necessidade de manutenção seja muito frequente. A renovação da nossa frota é feita pelo Ministério da Saúde dependendo de uma quilometragem mínima ou do tempo de uso de 5 anos. Porém, mesmo o município de Marabá cumprindo os requisitos para a renovação, o Ministério da Saúde não promoveu a troca por novas ambulâncias. Em relação ao vídeo, mesmo com um número maior de ambulâncias, e com frota renovada, a chance de algum usuário ligar para a emergência e encontrar todas as ambulâncias em ocorrência é muito alta, isso é uma questão de lógica e probabilidade, ainda mais em uma região cujos acidentes de trânsito e outras violências são muito frequentes. Por isso a equipe de regulação do SAMU recebe as informações do usuário, faz uma crítica com base em protocolos definidos pelo próprio Ministério da Saúde e toma algumas condutas. No caso de ser perfil para remoção, num cenário onde todas as ambulâncias disponíveis estejam em ocorrência, é orientado, se possível, remover para os hospitais de referência por meios próprios, ou na impossibilidade, aguardar a equipe retornar o contato quando houver ambulância disponível. Esse é um protocolo adotado não somente em Marabá, mas em todos os municípios que operam o programa SAMU 192 do Ministério da Saúde”, disse.
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