Centenas de peixes apareceram mortos no rio Itacuruçá, entre os municípios de Abaetetuba e Igarapé-Miri, no nordeste do Pará. Moradores relatam que a situação já ocorre há alguns dias e suspeitam que a água do rio esteja contaminada.
O rio passa pela comunidade quilombola Alto Itacuruçá, onde os habitantes perceberam mudanças na coloração da água, além da presença de resíduos boiando e um forte odor nos igarapés e nascentes da região. A preocupação cresce entre os ribeirinhos, que temem impactos diretos na pesca e na subsistência local.
Centenas de peixes apareceram m0rt0s no rio Itacuruçá, entre os municípios de Abaetetuba e Igarapé-Miri, no nordeste do Pará. Moradores relatam que a situação já ocorre há alguns dias e suspeitam que a água do rio esteja contaminada. pic.twitter.com/lFimsvDnO7
— Portal Estado do Pará Online (@Estadopaonline) February 11, 2025
Diante da situação, agentes municipais de meio ambiente estiveram na localidade para avaliar o problema e encaminhar o caso às autoridades competentes. A recomendação das autoridades ambientais é que os moradores evitem o consumo de peixes encontrados mortos até que as causas sejam esclarecidas.
De acordo com a Prefeitura de Abaetetuba, fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) realizaram uma vistoria no domingo (9), por volta das 16h30. Segundo relatos dos moradores, a mortandade pode estar relacionada à Fazenda Pontilhão, que supostamente despejaria dejetos de gado e aplicaria agrotóxicos na área – o que ainda está sob investigação.
Outra hipótese levantada é que resíduos estejam sendo levados ao rio pelas chuvas, contaminando a água. Os moradores afirmam que barreiras criadas pela fazenda para conter o escoamento não têm sido eficazes.
Durante a inspeção em três pontos do rio Itacuruçá, os fiscais não encontraram peixes mortos ou sinais recentes de vazamento de resíduos. No entanto, a prefeitura informou que a situação exige monitoramento constante e novas inspeções.
Uma equipe técnica foi enviada ao local na manhã desta segunda-feira (10) para aprofundar as investigações, fiscalizar as condições ambientais da fazenda mencionada e avaliar possíveis impactos ambientais.
A expectativa dos moradores é que medidas sejam tomadas rapidamente para evitar danos mais graves à fauna aquática e à comunidade ribeirinha, que depende diretamente do rio para seu sustento.
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