Na última semana, um recém-nascido perdeu a vida no Hospital Municipal Teonila Alves, que fica localizado em Anajás, no arquipélago do Marajó. Segundo informações, a criança veio a óbito por falta de resgate dos profissionais e infraestrutura do hospital.
O Hospital Municipal Teonila Alves tem como especialidade atender pacientes em serviço de pré e pós parto, porém, acidentes com os pacientes são recorrentes por falta de equipamentos básicos para atender a população. Ainda segundo informações, o hospital está com faltas de incubadora neonatal e outros recursos que poderiam ser oferecidos para evitar os óbitos no local.
A reportagem do portal Estado do Pará Online (EPOL) solicitou nota do Hospital Municipal Teonila Alves, que informou:
Nota sobre o óbito de um recém-nascido (RN) prematuro de aproximadamente 27 semanas de gestação. O RN foi paciente em nosso HPP em estado crítico, necessitando de intervenções imediatas de reanimação e tratamento intensivo.
Foram realizados todos os procedimentos padrão de reanimação neonatal, conforme diretrizes internacionais a nossa disposição. Devido à prematuridade extrema, o RN apresentava imaturidade pulmonar significativa, o que complicou a estabilização respiratória.
A equipe adotou técnicas de reanimação avançadas, reconhecidas por sua eficácia em situações de emergência neonatal. Procedimentos como a massagem cardíaca e o uso de medicamentos vasoativos foram realizados conforme protocolos estabelecidos, com improvisações adequadas que se mostraram eficazes em cenários de recursos limitados até mesmo bastante noticiado pela imprensa desprovidas de ideologismo e posicionamento político.
Apesar dos esforços clínicos, a transferência do RN para uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) foi considerada essencial para aumentar as chances de sobrevivência. No entanto, o resgate aéreo não pôde ser realizado devido a condições meteorológicas adversas, que tornaram o translado aéreo inseguro para o paciente e a equipe médica.
A pista de pouso local e a do município de destino ainda não estão homologadas, o que inviabilizou a operação de aeronaves de resgate em condições climáticas desfavoráveis. A segurança do paciente e da equipe foi priorizada, evitando-se riscos adicionais que poderiam comprometer ainda mais a situação clínica.
A equipe de profissionais realizou todos os procedimentos possíveis e seguiu as melhores práticas reconhecidas na reanimação neonatal dentro de suas possibilidades. A impossibilidade de transferência para uma UTIN, devido a fatores externos como condições climáticas e infraestrutura inadequada, foi um fator determinante no desfecho desfavorável.
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