Uma ação rápida de policiais militares salvou a vida de um bebê de apenas oito meses em Castanhal, no nordeste paraense. A criança teria engasgado após comer açaí com farinha de mandioca.
O caso aconteceu no domingo (3), durante uma ronda pelas ruas do município. Na ocasião, o sargento Glauber Silva e o soldado Assumpção, do 5° Batalhão de Polícia Militar do Pará (5° BPM), foram surpreendidos pelos familiares do bebê e ao identificarem a situação, aplicaram o método de desobstrução das vias aéreas superiores, conhecido como “Manobra de Heimlich”, que é uma técnica utilizada em casos de emergência por asfixia.
Segundo o sargento Silva, por volta das 13h, em meio a uma ronda policial na Rua Barão do Rio Branco, um veículo começou a piscar o farol em direção à viatura. Os carros emparelharam e os militares perceberam que se tratava de um pedido de socorro para uma criança que estava engasgada. “As pessoas estavam um pouco desesperados, balançando os braços. Vimos uma criança desfalecida e já assimilamos que seria um caso de engasgo. Assim que ela foi passada para o meu braço eu apliquei a ‘manobra’, fazendo contrações entre as escápulas nas costas dela. Ela não chorava, estava desacordada, com os lábios roxos. Após as massagens, ela passou a chorar”, relata.
A conduta dos militares permitiu que o alimento fosse expulso e a criança voltasse a respirar normalmente.
Os agentes, além de salvarem a vida da criança, garantiram suporte emocional à família durante o socorro ao bebê. Após a ocorrência, a criança, junto aos seus familiares, foram encaminhados para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. Ao chegarem na unidade de saúde, na companhia dos policiais, a criança foi atendida imediatamente e encaminhada para uma radiografia no pulmão.
“No momento veio um sentimento de angústia, mas busquei manter a calma, até para fazer o movimento da forma correta, com a inclinação certa, para conseguir a desobstrução – às vezes não dá para se fazer uma segunda tentativa. Tenho 15 anos de corporação, sou pai de dois filhos, um de 13 e outro de 5 anos. É complicado ver uma criança dessa forma, e é plenamente possível entender o desespero do casal”, reforça o policial.
Ainda de acordo com o sargento Silva se durante a manobra a vítima não voltar e passar de cinco minutos de asfixia, a ela já começa a apresentar problemas como cegueira ou, de repente, perda de movimentos, ou até mesmo morte cerebral. Segundo o militar, ele aprendeu a fazer a manobra através de cursos militares, já que a grade curricular da PM-PA preconiza esse tipo de atendimento. “O sentimento de satisfação nesse caso foi único, cheguei em casa leve, com a sensação do dever cumprido”, admite o sargento.
Por: Agência Pará
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