Vídeo: família é agredida e torturada dentro da sede da Guarda Municipal de Cametá, aponta denúncia

De acordo com depoimento de Reginaldo Portilho ele e os familiares foram detidos por volta das 23 horas, mas só foram apresentados na delegacia às 5 horas da manhã, após mais de cinco horas de agressões

Créditos: O antagônico

Um caso grave de agressão e tortura praticado por agentes da Guarda Municipal de Cametá e seguranças de um bar está gerando revolta nas redes sociais e mobilizando autoridades.

As vítimas são quatro pessoas da mesma família, incluindo Reginaldo Portilho Pompeu, de 24 anos, portador de síndrome de Down, que, junto com os irmãos Ronaldo, 22, Divan, 32, e Adilson, 29 anos, teria sido brutalmente agredido durante e após uma festa na ilha de Mapeuá, no dia 29 de setembro.

Segundo informações divulgadas pelo Portal O Antagônico, as agressões começaram ainda no local da festa, durante uma confusão, e continuaram até a sede da Guarda Municipal de Cametá. Em um vídeo obtido pelo portal, é possível ver um dos agressores puxando o cabelo de uma das vítimas e cortando-o, enquanto outros observam sem intervir.

De acordo com depoimento de Reginaldo Portilho à polícia, ele e os familiares foram detidos por volta das 23 horas, mas só foram apresentados na delegacia às 5 horas da manhã, após mais de cinco horas de agressões.

Durante esse período, eles teriam sofrido tapas, socos, chutes, coronhadas e spray de pimenta nos olhos. Dois nomes são apontados como principais agressores: o guarda municipal Jonas Serrão e um segurança identificado como “Mucura”.

O Portal O Antagônico também revelou que as vítimas foram forçadas a baixar a cabeça e não olhar diretamente para os agressores, que usavam balaclavas para ocultar a identidade. O trajeto até Cametá teria sido marcado por novas agressões físicas e psicológicas, conforme relatado pelas vítimas.

A situação exposta pelos áudios e vídeos ainda mostra que, ao invés de serem encaminhados diretamente para a delegacia, os agredidos foram levados à sede da Guarda Municipal, onde novos atos de tortura física e psicológica foram praticados.

O caso, que envolve supostos abusos de poder, está em investigação, e as denúncias despertam questionamentos sobre o uso da força pela Guarda Municipal em Cametá.

A equipe do EPOL entrou em contato com as autoridades locais, mas ainda não tivemos retorno.

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