O vice-prefeito do Acará, Yuri Faro (PT), fez duras críticas ao projeto que prevê uma aterro sanitário na cidade de Bujaru, localizada na região nordeste do Pará. Durante audiência pública na última semana, Yuri citou que a população do município tem força para impedir que “ataquem” a cidade.
“No ano da COP 30, não é possível que ataquem a nossa população. Talvez o vice-prefeito não tenha tanta força no estado para impedir o lixão, talvez os vereadores não tenham tanta força para proibir esse lixão, mas eu tenho certeza que a população tem. E se for preciso, vamos até o senador, deputado e presidente para impedir esse lixão. O Acará e o Bujaru se unem contra uma causa”, disse o vice-prefeito.
No último dia 18 de agosto, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao Governo do Estado e à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) a suspensão da audiência pública, então marcada para o dia 19 de agosto, sobre a implementação do aterro sanitário em Bujaru.
Segundo relatório do MPF, comunidades quilombolas e ribeirinhas não foram consultadas, como determina a Consulta Prévia, Livre e Informada (CPLI), prevista em acordo internacional. Durante sessão no Senado no último dia 19 de agosto, o senador Beto Faro (PT) citou o projeto e demonstrou preocupação com a situação, que pode afetar a população de duas cidades.
“O lugar onde está sendo proposto que se coloque o lixo está no território de Bujaru, mas todos os problemas atingirão a área do município do Acará. Ali é uma região para onde a baixa vem, para o município do Acará, região de áreas que têm alagamento, região de várzea, e a contaminação ali será certa. A experiência que nós temos de aterro sanitário no estado do Pará não é de aterro sanitário, mas de lixão a céu aberto”, disse o senador.
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