O vereador Antônio Borges Belfort (PL), recém empossado em São Félix do Xingu, está no centro de graves acusações envolvendo crimes ambientais e exploração de trabalhadores. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Belfort mantinha a Fazenda Sol Nascente dentro da Terra Indígena Apyterewa, onde promovia a criação ilegal de gado e submetia trabalhadores a condições análogas à escravidão. A denúncia integra um relatório sobre a retirada de invasores da área, retomada pelo povo Parakanã.
O MPF rastreou 177 propriedades rurais registradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR) dentro da terra indígena, todas consideradas ilegais. A Procuradoria da República no Pará identificou que Belfort estava entre os maiores criadores de gado na Apyterewa, comercializando cerca de mil cabeças bovinas com origem na área protegida. A Fazenda Sol Nascente foi a única citada no relatório onde houve resgate de trabalhadores em situação degradante.
Além da acusação de exploração ilegal da terra, a Polícia Federal chegou a considerar Belfort foragido da Justiça em dezembro de 2023. Desde janeiro do ano passado, ele está proibido de ingressar na área indígena e de manter contato com invasores. Em sua defesa nos processos judiciais, o vereador alegou que não praticou os crimes apontados e que as acusações são infundadas.
Procurado pela reportagem do Estado do Pará Online (EPOL), Antônio Belfort não respondeu aos questionamentos até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações futuras.
Com informações de Repórter Brasil
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