A Unidade de Saúde do Bengui, em Belém, enfrenta uma grave situação de abandono e insalubridade. Segundo denúncias feitas por servidores e usuários do local, os serviços de limpeza estão completamente paralisados após os trabalhadores terceirizados cruzarem os braços nesta segunda-feira (14). A paralisação seria motivada por dois meses de salários atrasados, atribuídos à empresa LimpCar, responsável pelo contrato com a Prefeitura de Belém.
O cenário é descrito como crítico: há acúmulo de lixo nas dependências, forte odor, estruturas danificadas — incluindo forros prestes a desabar — e um ambiente considerado impróprio para o atendimento à população. “Não dá mais para ficar dentro da unidade”, relata uma fonte ouvida sob anonimato.
Enquanto isso, a gestão municipal anunciou o pagamento antecipado do 13º salário para os servidores efetivos, o que gerou ainda mais indignação entre os trabalhadores terceirizados, que denunciam o descaso e afirmam estar passando por dificuldades extremas.
A situação levanta questionamentos sobre a política de terceirização na saúde pública e a responsabilidade do poder público diante do não cumprimento de contratos que afetam diretamente a qualidade dos serviços prestados à população.
A reportagem aguarda posicionamento da Prefeitura de Belém e da empresa LimpCar.
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), informou que não procede a informação sobre atraso de pagamentos à empresa LimpCar, contratada para prestação de serviços terceirizados em unidades de saúde do município.
Disse também que: “todos os repasses contratuais de responsabilidade da Secretaria são efetuados regularmente, dentro do prazo previsto em contrato, até o dia 10 de cada mês. Ressaltamos que a gestão dos recursos repassados aos trabalhadores é de inteira responsabilidade da empresa contratada.”
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