Uma breve análise sobre imaturidade emocional e as portas que fechamos - Estado do Pará Online

Uma breve análise sobre imaturidade emocional e as portas que fechamos

A capacidade de se comunicar de forma sábia pode ser um fator importante para atrair novas oportunidades.. ou afastá-las. Entenda mais sobre a importância da habilidade no dia a dia.

O sucesso, em qualquer área da vida — profissional, pessoal ou social — não depende apenas de esforço ou talento. Muitas vezes, o que define se uma pessoa alcança seus objetivos está diretamente ligado à inteligência emocional, à capacidade de se comunicar com sabedoria e à superação dos próprios limites internos. Ser inteligente na busca pelo sucesso é, antes de tudo, reconhecer que as emoções, as palavras e os comportamentos moldam as oportunidades que teremos — ou perderemos.

Quando as palavras ferem e fecham portas

Em ambientes profissionais, por exemplo, é comum observar pessoas extremamente competentes sendo afastadas de promoções ou oportunidades por não saberem lidar com críticas, reagirem impulsivamente ou falarem de forma agressiva e desnecessária. O problema não está apenas no conteúdo, mas no tom, no momento e na forma como algo é dito.

Casos como esses são exemplos práticos do que Daniel Goleman, psicólogo e autor do livro Inteligência Emocional, aponta em seus estudos: o sucesso no trabalho e na vida é muito mais ligado à capacidade de compreender e gerenciar emoções, tanto próprias quanto alheias, do que ao QI ou à formação acadêmica.

Psicologia e psicanálise: o inimigo interno

Na psicologia e na psicanálise, há um amplo estudo sobre os mecanismos de autossabotagem, que explicam por que tantas pessoas parecem “travar” sempre que se aproximam de uma conquista. Freud já apontava que o sujeito é, muitas vezes, governado por pulsões inconscientes, e que repetir padrões destrutivos pode ser uma forma de retorno do recalcado, ou seja, um trauma não resolvido que volta à tona por vias indiretas.

O psicólogo Carl Jung também advertia que “aquilo que você nega, te submete. Aquilo que você aceita, te transforma.” Muitas pessoas não alcançam o sucesso porque não enfrentam os próprios medos, ressentimentos e frustrações, vivendo presas a mágoas do passado, à inveja, ao orgulho ferido ou à incapacidade de ouvir o outro sem se sentir atacado.

Inteligência é saber calar, ouvir e falar com sabedoria

Ser mais inteligente na busca pelo sucesso implica entender que:

1. Nem toda verdade precisa ser dita — e nem sempre do seu jeito.

A franqueza mal administrada pode ser confundida com grosseria ou arrogância. Isso fere e afasta.

2. A palavra mal colocada pode fechar portas que levarão anos para serem reabertas — se forem.

Empatia e timing são qualidades estratégicas para o sucesso em qualquer rede de relações.

3. É preciso aprender a lidar com a frustração, com o erro e com o próprio ego.

Quem não aceita ser contrariado jamais conseguirá cooperar em ambientes colaborativos, onde o sucesso é coletivo.

Superar os próprios limites é um movimento constante

A psicanálise nos ensina que não existe crescimento sem dor. Superar limites envolve reconhecer fraquezas, enfrentar medos e desenvolver autorresponsabilidade — uma virtude rara, mas essencial para quem deseja evoluir. Não é possível construir uma trajetória de sucesso se a pessoa insiste em culpar os outros por tudo o que deu errado.

Quem não trabalha essas questões tende a repetir padrões que o mantêm no mesmo lugar, esperando que o mundo mude, sem perceber que o primeiro movimento de mudança precisa vir de dentro.

Sucesso e inteligência emocional

Ser inteligente na busca pelo sucesso é mais do que ser esperto ou saber fazer networking. É ter consciência de que a forma como você lida com as emoções, se comunica e enfrenta a si mesmo determina o quanto você será capaz de construir e manter relacionamentos, oportunidades e conquistas.

O sucesso não resiste à imaturidade emocional

Quem deseja crescer precisa aprender a calar quando necessário, falar com intenção e ouvir com humildade. E, principalmente, precisa aprender a não sabotar a si mesmo com atitudes que, mesmo inconscientemente, afastam tudo aquilo que a pessoa diz querer alcançar.

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