A Universidade Federal do Pará (UFPA) iniciou, nesta segunda-feira (10), as atividades da Cúpula dos Povos, evento paralelo à COP30, em Belém. A programação ocorre na Zona Azul da conferência, no Pavilhão PV-C93, e marca a abertura do estande da instituição com painéis voltados à ciência, tecnologia e participação social na agenda climática.
As discussões começaram com o tema “Ciência para a Resiliência Climática na Amazônia”, mediado por Flávio Bezerra Barros, com a participação de Gilmar Pereira da Silva, Izabela Jatene e Leandro Juen, todos da UFPA. Em seguida, o painel “IA e sensoriamento para monitorar riscos climáticos urbanos” reuniu especialistas como Frederico de Siqueira Filho, do Ministério das Comunicações, Carlos Baigorri, da Anatel, e Antonio Jorge Gomes Abelém, da UFPA.
Mais tarde, o debate “Belém e o burburinho da COP30” tratou das transformações urbanas e da ampliação da participação social na agenda climática, sob moderação de Loiane Verbicaro. Encerrando o dia, o painel “Gênero, Ciência e Justiça Climática na Amazônia” teve mediação de Izabela Jatene e participação de Loiane Verbicaro, Zélia Amador e Jeniffer de Barros Rodrigues, da Defensoria Pública do Pará.
De acordo com a programação oficial, as atividades da UFPA seguem até 21 de novembro em diferentes espaços da conferência, enquanto a Cúpula dos Povos será realizada oficialmente de 12 a 16 de novembro, na própria universidade. O evento deve reunir milhares de participantes e mais de 700 organizações, reforçando o protagonismo da Amazônia nos debates sobre o clima.
O povo Kayapó chegou à Aldeia COP, no último domingo (9), local que concentra parte das atividades paralelas à conferência. Em ato simbólico de abertura, indígenas marcharam em celebração, com cantos e danças tradicionais. A Federação dos Povos Indígenas do Pará destacou o momento como o início da “COP da Floresta”, onde a voz e a ancestralidade dos povos originários ganham espaço no centro das discussões climáticas.
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